sábado, 31 de outubro de 2015

ACAPULCO FOI OU NÃO O ÚLTIMO EPISÓDIO DE CARLOS VILLAGRÁN?

NÃO FOI!!!!!foi a escolinha do professor girafales[1978]

            Talvez seja a maior polêmica quanto às séries, já que tradicionalmente o SBT não exibe os créditos finais dos episódios, aonde aparece o ano de suas produções. Desde que eu começei a navegar em sites CH sempre encontrava a seguinte afirmação quanto ao último episódio de Quico na série "Chaves": foi o de Acapulco. A afirmação era dada com certeza e convicção. Mas o dito só ocorria em sites. Quem garante que havia sido em Acapulco mesmo?
            Os sites se baseiam em uma afirmação dada por um repórter que entrevistou Carlos Villagrán, e não à resposta dada pelo próprio ator. E as opiniões sobre o assunto são bastante diversas.
            Meu amigo  garante que Acapulco foi mesmo o último de Villagrán. Primeiramente ele achava que a informação procedia devido a esta declaração do bochechudo:
            "Nos instalamos no hotel (Acapulco Continental) que era de Azcárraga, o presidente (da Televisa) e bem... estivemos assim... foram três capítulos que fizemos lá. Foi muito agradável... Contudo, éramos família".
            A única coisa que a declaração esclarece é que o Hotel Acapulco Continental (onde também fora gravado o episódio do Chapolin) era de propriedade do presidente da Televisa, coisa que nem eu sabia. Mas não explicav se aquele era ou não o último episódio de Chaves que Villagrán trabalharia. Segundo meu amigo, o próprio ator garantiu que Acapulco realmente havia sido o derradeiro. Então, ele  foi tirar dúvidas com os fãs  estrangeiros. Eis um trecho da conversa  com Esteban,fã  costa-riquenho (o portunhol abaixo foi mantido conforme o escrito por ele):
             Esteban, el episódio en Acapulco fue grabado en que año? 77 ou 78?
            
 £steßan |: 78.
   
         Verdad que fue el ultimo cual Carlos Villagrán grabó?
   
         £steßan |: Asi es.             Ahh bien, sospechaba. Gracias!
            Essa poderia ser a prova definitiva de que Acapulco realmente teria sido o último episódio de Quico. Mas para contrariar essas citações, há inúmeras controvérsias. Pra começar, quem garantia que Esteban está certo? O trecho que meu amigo usava como modelo para provar que Villagrán havia fechado seu ciclo em Acapulco não esclarecia nada. Se foi um repórter que garantiu tal coisa, menos garantia temos de sua certeza, já que geralmente os jornalistas que fazem reportagens sobre Chaves pagam mico ao dar uma enxurrada de informações equivocadas.
            
E as razões que discordam do fato de Villagrán ter encerrado sua participação nas séries de Chespirito na maior praia do México são muitas. Elas se baseiam nos figurinos dos personagens e no cenário da vila que, na gravação do primeiro e clássico episódio da série de Acapulco, se diferiam bastante daqueles que caracterizavam os últimos episódios em que Carlos trabalhou. Como saber quais foram os últimos episódios em que Villagrán atuou? Simples: são notadas muitas semelhanças no cenário e nos figurinos entre alguns episódios em que Carlos atuou e em outros já sem Carlos, mas ainda com Ramón Valdez. A semelhança básica de episódios deste período foi descoberta:
            "Nos últimos episódios com o Quico, e em todos sem ele (Cinema, Carabina, etc), o Seu Madruga estava de SAPATILHAS ROXAS. Por esse critério, os últimos episódios do Quico dos que passam no Brasil são: "De gota em gota minha mãe fica louca (Goteiras na Casa de Dona Florinda)", "O Violão do Seu Madruga (O Grude)", "O Dia da Independência" e "Escolinha do  girafales. Reparem que a caracterização (roupas, cabelos, etc) desses episódios são idênticas ao dos episódios sem o Quico e com o Seu Madruga."

 


             numa colocação genial, dei uma explicação satisfatória que convenceria qualquer um. E falando apenas de um único figurino, não ressaltando os tantos outros. Há o evidente detalhe do boné do Quico, que no episódio em que Chiquinha compra o produto para limpar prata a fim de concorrer à viagem para Acapulco com todas as despesas pagas, a cor de uma das listras é azul. Já nesses episódios mais recentes, os legítimos derradeiros com Carlos onde Ramón usa as sapatilhas roxas, a listra azul do boné do Quico é substituída por uma preta. E ainda há o vestido da Chiquinha, que no episódio de Acapulco sua cor é verde claro, enquanto nos últimos sem Carlos o verde fica mais escuro (junto com o casaquinho vermelho usado em outros episódios). Acabaram as provas? Necas! Tem a roupa do Chaves. Em Acapulco, a camisa é toda verde, assim como a calça verde-amarelada. Chaves recém a havia estreado em substituição a camisa branca com listras pretas e a calça bege. Nos últimos episódios de Quico, Chaves já usava a roupa característica de episódios sem Seu Madruga, no Restaurante: camisa com listras marrons e calça bege. O jornalista ED,  sempre ligado nos detalhes das séries, ainda se lembrou de Dona Florinda. Frisou que o último figurino que ela usou foi um vestido vermelho com o avental azul e que Quico chegou a atuar com ela em vários episódios vestida assim. Em Acapulco, ela usou um vestido bege com o avental branco e preto.         
            O mais interessante ( a prova definitiva de Acapulco não foi o último de Quico) é que os personagens raramente variavam o figurino em um mesmo período. Vale lembrar a mancha amarela da camisa de Seu Madruga feita por Quico no episódio "Ser Pintor é uma Questão de Talento". Monchito usou a mesma camisa com a mancha em muitos outros episódios.
            Acabados os detalhes nos figurinos, eis os do cenário. Em Acapulco, os números da portas das casas eram pintados de branco, enquanto nos últimos episódios com Quico os números eram feitos de metal dourado (isso a partir de 1978). Aliás, os números das casas provam que Acapulco data de 1977, pois a roupa de chaves e as tomadas das câmeras serem semelhantes a episódios como "Tienda del Chavo - Refrescos", "Casinha do Quico" e "Insônia do Seu Madruga",  e evidentes que são desse ano pelo fato da camisa de Chaves estar em um tom esverdeado fortíssimo, o primeiro episódio de Acapulco é de 77 pelo fato dos números estarem escritos em cal. Aí pensamos o seguinte: de um episódio para outro, em um mesmo período, poderia ocorrer mudanças quase que insignificantes no cenário, como essas das portas. que nos episódios "Abre a Torneira", os números são diferentes.  

  

            Após tantas justificativas de cenários e figurinos, declarações de repórteres, a pergunta já foi respondida mais acima: NÃO! 

 
O BONÉ DO QUICO: NOTEM A LISTRA AZUL USADA NA ÉPOCA DE ACAPULCO (77) E A LISTRA PRETA NO EPISÓDIO "O DINHEIRO PERDIDO", DE 78, UMA DE SUAS ÚLTIMAS PARTICIPAÇÕES.

            uma justificativa que tentam usar para comprovar que Acapulco foi sua despedida é o fato de Chespirito ter gastado uma nota num hotel cinco estrelas como o Acapulco Continental e no fim do episódio ter tocado uma música de "despedida". "Boa Noite Vizinhança" não tem nada a ver com uma despedida eterna. A frase dita na música (prometemos despedirmos sem dizer adeus jamais, nos haveremos de nos reunirmos tantas vezes mais) ressalta apenas uma despedida por um dia, já que está escurecendo no clipe da música e é hora de dormir, de fato não significando uma despedida para sempre. E depois, por que Chespirito não poderia fazer um especial fora da vila e da Cidade do México? E por que Bolaños faria um especial e uma música triste e sentimental especialmente para Villagrán, se em 1978, às vésperas de sua saída das séries, ele já era uma espécie de desafeto simplesmente por estar roubando a cena na série?
            É um dos tantos mistérios das séries. Mas fica a pergunta. E ficam também as opiniões variadas. Pensem como quiser, que eu penso do meu jeito, relatado acima.  ACAPULCO NÃO FOI O ÚLTIMO EPISÓDIO DE CARLOS VILLAGRÁN. Então qual foi o verdadeiro último episódio de Quico na série "Chaves"?  foi a escolinha do professor girafales de 1978, acontece que no final de 1978, a saga de acapulco foi reprisada no méxico, e logo depois se iniciou a temporada de 1979[sem o quico], de fato acapulco foi o último episódio com a participação do quico a ser EXIBIDO no méxico, e não o último a ser GRAVADO com carlos villagran no elenco do seriado chaves.  


Sônia Abrão exibia, na quinta dia 24 de julho de 2003, cenas emocionantes de Chiquinha, na despedida de seu circo, ao lembrar de Seu Madruga. Chiquinha pronunciou palavras como "mi papi está en el cielo" apontando para cima e chorou, sendo ovacionada pelo público,bastante emocionado. Até eu chorei no dia ao ver o pranto de María Antonieta, juntamente com uma imagem pausada de Seu Madruga e suas cômicas caras e bocas, acompanhada por um fundo musical  fúnebre. Aí não tem como se segurar, né? Edgar Vivár (foto, com o relógio de ouro que ganhou de Carlos Villagrán) também apareceu  chorando ao se lembrar do amigo. Se você perdeu, só voce perdeu!. 


 meio que bastante atrasado:Dia nove de agosto foi  aniversário  de morte de  Ramón Valdez.  E esse será o próximo tema: uma singela homenagem a esse mago do humor que deixou o mundo carente de alegria[junto com o mestre bolaños]. Como o tempo voa... E Monchito (na foto, já debilitado) continua a alegrar a turma lá de cima mais do que nunca.





Da série Boatos Ilusórios: há quem diga que o Clube do Chaves, aonde Cassiano Ricardo (foto à direita) se encarregou de dar uma voz medonha a Chespirito, voltaria nas tardes de sábado, no SBT. e isso foi lançado no dia primeiro de abril!!!![pegadinha do malandro]



Chespirito declarava diversas vezes, que era fumante inveterado. O legítimo mestre já andava tendo problemas de audição. 




E falei tanto na não-exibição dos créditos finais que eles deixaram escapar os mesmos na última exibição episódio "Uma Aula de Canto", no fim do clipe "Que Bonita a Sua Roupa". Os créditos quase passaram com o barril do Chaves como imagem de fundo. Eles já haviam deixado escapar os créditos também no  "O Cachorrinho", quando exibiram, o clipe "Peludinho" ( foto ao lado). Tanto que toda a abertura do Chaves (na época era a dos bonecos) quase foi exibida tambem[vazou somente o trecho onde chaves e chiquinha[em forma de bonecos de massinha] apareciam atrás de uma camera de madeira. E na última quinta-feira, o SBT pode ter feito a última exibição do episódio "Os Peixinhos Coloridos" (por sinal um dos mais odiados pelos fãs). No fim do primeiro bloco, na cena em que Professor Girafales dá o gato a Dona Florinda, foi notada uma seqüência de falhas que com certeza encafifou os chmaníacos. Inúmeras listras pretas horizontais invadiram a imagem durante a cena. Falhas semelhantes ocorrem quando o vídeo-cassete lê uma região da fita amassada após ter sido enrolada. E qualquer coisa já significa cancelamento de episódio por parte do SBT. Portanto, quem curtia "Peixinhos Coloridos" prepare-se...

 relembrarei  um assunto que já comentei e que  chama a atenção de todos os fãs de Chespirito: a colossal insistência de Sônia Abrão em falar de Chaves em seu programa.
            Quando o Falando Francamente estreou em maio de 2002, ocupando praticamente toda a faixa vespertina da emissora de Cenoura Abravanel, críticas por parte dos chmaníacos não faltaram. Na época, Chapolin estava fora do ar e a entrada de Sônia Abrão na grade reacendeu as esperanças da volta do Vermelhinho, o que acabou não acontecendo naquela ocasião. Sônia foi o principal bode expiatório  e seu programa tornou-se "persona non grata" por parte dos chmaníacos e principalmente dos chapolinmaníacos. Nem o telespectador mais assíduo do SBT  suportava o FF na época. . Nada como uma septuagésima terceira reprise na Sessão da Tarde. A rejeição a Sônia Abrão era total, o que lhe rendeu na internet alcunhas para lá de ofensivas.

APESAR DAS CRÍTICAS, era MARCANTE SEU EMPENHO EM DIVULGAR O TRABALHO DE CHESPIRITO

            Mas Sônia Abrão era uma das poucas  jornalistas que faz questão de mostrar ao público tudo sobre a vida dos astros de Chaves e Chapolin. Quando apresentava o "A Casa é Sua", na Rede TV em 2001!, mostrou em seu programa a Casa da Chiquinha. Quando chegou ao SBT, o conteúdo de seu programa baseava-se apenas em fofocas dos artistas, debates sobre dos mais variados assuntos, receitas para a dona de casa... e a audiência ia caindo, o que fez o FF mudar algumas vezes de horário e, conseqüentemente, perder preciosos minutos de duração. Eu particularmente só sabia que ela falava de Chaves algumas vezes por divulgação de meus amigos, já que eu nunca via seu programa. Mas dava-me uma ponta de tristeza em saber que ela havia mostrado algo sobre as séries no Falando Francamente e eu lembrar que tinha perdido de ver. Imaginava que ela mostrava reportagens sobre as séries de quando em quando, em uma vez ou outra.
            Até que lá por abril de 2003, o FF migrou para o horário do almoço. Hora bastante acessível. Aí foi só  sintonizar o SBT no horário onde antes Chaves era exibido  e o primeiro som que penetra em meus ouvidos  é o das clássicas e adoráveis risadinhas das séries. era Chaves no programa de Sônia Abrão. Em uma hora mostravam uma homenagem a um personagem, em outra aparecia um compacto de um episódio, em outra ocasião uma fofoca sobre os atores  (principalmente Chespirito e Maria Antonieta de las Nieves), sem contar os clipes das musiquinhas na íntegra (no Dia dos Namorados, tivemos o luxo de presenciar por duas vezes o  clipe da música "Isso Isso é o Amor") Conclusão: não só para os chmaníacos como também para o público em geral  o programa melhorou 1000%, sobretudo para os saudosistas. O Falando Francamente deu um enorme salto de qualidade (e também de audiência] graças a inclusão do brilhante quadro "SBT 21 "[posteriormente "sbt 22''] que recordava grandes momentos da história da emissora de Sílvio Santos. O quadro apresenta desenhos antigos, vinhetas do passado, making of de filmes, programas, eventos e muitas outras variedades. Valia a pena suportarmos quadros rudimentares como o da Caixa Surpresa  e da campanha da namorada para o Latino, que por sinal não estava emplacando (esperavam o quê? que isso aí virasse mania nacional?), pois o SBT 21 era praticamente imperdível.
            Agora a pergunta: qual a atração que mais aparecia no SBT 21? Ganha o direito de desenhar uma chifurínpula quem acertar. Elementar, meu caro internauta: Chespirito e suas incomparáveis séries. Todos os dias, quase sem exceção, nosso querido Chaves está presente no FF. Eu até apostava com minha mãe diariamente: se estivesse dando Chaves na Sônia Abrão, poderia repetir o prato. Quem tinha vídeo-cassete  estava se acabando... Quem gravava todos os dias já devia ter uma pilha de fitas em EP só de Chaves no FF. É incrível: a cada dia, um resumo de episódio, uma homenagem a um personagem, a fofoca dos atores no México... Era tanta divulgação das séries no programa já despertava naquele ano uma grande polêmica por parte dos chavesmaníacos: os constantes compactos de EPISÓDIOS PERDIDOS!!!!!!

                    
PICHORRA, FOTÓGRAFO, CACHORRINHO... o que MAIS estaria POR vir?

            No dia 2 de junho a Pichorra inaugurou a série. Quatro dias depois chegou a vez da primeira parte de Seu Madruga Fotógrafo (que termina com Seu Madruga derrubando a própria câmera, admitindo que esta é a solução para que Chaves não a derrube mais). E no dia 16 de junho o Cachorrinho  foi homenageado (só exibiram o segundo clipe, o do "Quero que saiba que sou feliz, e que sua casa é uma gracinha...", infelizmente não exibiram o do "Peludim-dim-dim, Peludão-dão-dão..."). Todos esses não eram[na época] exibidos pelo SBT. E a qualidade das imagens e sons mostrava-se estupenda. E mais  viria por aí, não demorava e virmos um compacto de "Espíritos Zombeteiros". O chavesmaníaco já ficava encafifado com o fato de cenas milimétricas de episódios perdidos aparecerem nos raríssimos comerciais de Chaves e Chapolin na emissora. Agora resumo de episódios perdidos?? Foi o fim da picada. Sobrou até para Lombardi Jr., locutor do Falando Francamente. Choveu e-mails no SBT de chavesmaníacos acusando a emissora de provocação, porém a resposta sempre era a mesma: "não temos mais os direitos dos episódios perdidos, a edição do episódio em nada tem a ver com os mesmos na íntegra...". 
 Papo furado. era um mistério sem necessidade feito pela emissora paulistana. Se tinha o episódio, por que simplesmente não o exibia? Não, eles tinham que despontar com desculpas esfarrapadas à toa. 
            E para encerrar, só queria ressaltar que as  críticas feitas à Sônia Abrão por parte de fãs, são muitas injustas. Repito que não existe outra jornalista senão Sônia para falar tanto de Chespirito, dedicar-se a mostrar sua vida, coisa que o SBT pouco manifestava interesse. A maioria dos chmaníacos  acusavam a apresentadora pela exibição dos compactos de episódios perdidos. Os responsáveis são aqueles que selecionam os episódios, que editavam, que produziam a pauta do dia. Sônia Abrão estava na bancada para apresentar, comentar e, principalmente, se empenhar em mostrar a vida do mestre Chespirito (apesar que ela até podia fazer um comentário sobre o motivo de tais episódios não serem mais apresentados). E daí que ela pronunciava Villágran ao invés de Villagrán? Na realidade, devemos muito à prezada  Sônia Abrão. Ela estava apresentando em seu programa tudo sobre as séries, os atores... Óbvio que havia algumas falhas, mas a culpa não era sua. É natural.


TODOS OS INTERNAUTAS DEVIAM AGRADECER À SÔNIA ABRÃO POR TUDO QUE ELA ANDAva FAZENDO PARA DIVULGAR O  TRABALHO DO LEGÍTIMO MESTRE ROBERTO  BOLAÑOS!

com o quadro "Direto do México" recheado de entrevistas com celebridades mexicanas, entre elas Chiquinha,  o falando francamente[e principalmente sonia abrão]cativavam a audiência. É difícil de acreditar nisso, pois eu, mesmo sendo fã número um das séries de Chespirito, já enjoava de ver a Chiquinha naquele clipe cantando "Tchô, tchô, tchô, tchô, tchô, es de chocolate", ficando a frente de bailarinos bizarros com coreografias cômicas. Sinceramente, prefiro até a Xuxa  cantando a música.E o Falando Francamente não se cansava de exibir compactos de episódios,  hoje não mais perdidos,. "Chirimóia", "Churruminos", "Atropelamento com Esmalte e Linguiças" e "Chiclete no Chapéu"  foram as atrações seguintes. O episódio Escolinha na Vila, um  que termina com Chiquinha (com cabelo comprido e vestido branco) escrevendo na parede da casa do Seu Madruga com um giz sujo que não se deve sujar a vila, era uma preciosidade do SBT. E uma coisa rara apareceu nesse episódio: Dona Florinda sem bóbis. 
A homenagem de Maria Antonieta de las Nieves a Ramón Valdez chegou a arrancar lágrimas de meus olhos geralmente secos. Mas não precisava a Sônia reprisá-la mil vezes. Assim como enjoei de escutar "Chocolate", também meio que encheu ouvir demasiadamente "Mi papi es um papi muy padre...". Menos mau que a entrevista  que mostrou um mix de declarações de Chespirito e María Antonieta (que comentou sobre o processo e o pré-infarto que sofreu) marcou 10 pontos com picos de 12.


CADÊ O LOTE DE 84?
NÃO CHORA, CHAPOLIN! NEM TUDO É PERFEITO...

             Em 2015 pela primeira vez, chapolin não foi exibido junto com chaves. Infelizmente o péssimo horário de exibição, a partir de 13h30min, foi mantido, deixando 22 estados carentes de  Chapolin, já que este horário  geralmente é usado para as afiliadas exibirem seus "programecos" locais. Menos mal que Chapolin andava sendo exibido agora sem cortes e com intervalos comerciais, o que prova que existem  patrocinadores a fim de investirem na série.
            Mas outra coisa andava encucando não só a mim como também aos demais chapolinmaníacos: cadê os episódios do lote de 1984? Estranhamente eles nunca mais foram exibidos, já que a emissora de Sílvio Santos  só exibia os episódios do lote de 1990.
            Se você não entendeu, eis a explicação: os episódios do lote de 1984 do Chapolin são aqueles que são exibidos desde o referido ano, o de estréia das séries de Chespirito no SBT. O lote é composto por 27 episódios, sendo que três destes se tornaram perdidos na época e um ficou inédito. E apenas estes 27 episódios foram exibidos pelo SBT pelo longo período de seis anos, ocasionando reprises atrás de reprises da série "Chapolin Colorado", que por conta disso mergulhou no ostracismo por um bom tempo até o SBT comprar um pacotão recheado de episódios inéditos do herói da América Latina em 1990, que são os episódios mais fodas e memoráveis que já foram ao ar pelo sbt. Estes são os episódios que compõem o lote de 84, pela ordem de exibição:
1 - aristocratas vemos gatunos não sabemos[1978] (primeiro episódio de Chapolin a ser exibido no Brasil)
2 - O Anel Mágico
3 - Dr. Chapatin e o Contrabando / com essas pulgas não se brinca de pula-pula[1978] 
4 - O Anel de Brilhantes[1973]
5 - O  teosouro do pirata fantasma (1975)[dublagem perdida]
6 - O Bandido[1973]
7 - Cleópatra[1975][dublagem perdida]
8 - á tragédia / O verniz Invisibilizador[1974]
9 - O Robô que pirou[1979]
10- o soldado atrapalhado /  depois de jogarem o chapolin,tapem o poço[1974]
11-  não confunda A casa caindo de velha com a velha caindo da casa[1974]
12- selva[1975]
13- pedintes em familia (dublagem perdida que sumiu junto com o episódio em 1985)
14-  aventuras em Vênus (1973)[perdido]
15- a autópsia[perdido] /  floclore japones (1973)
16- o casamento[perdido] / O pistoleiro da marreta biônica[1973]
17- O louco[dublagem perdida]
18- sai de baixo que lá vem pedra[1975]
19- O louco da cabana ( dublagem perdida que sumiu  junto com episódio em 1985)
20- uma múmia bastante egipcia[1973]
21-  uma coisa é ser sansão e outra é usar peruca[1974]
22- uma múmia incomoda muita gente,duas muito mais[1975]
23- a revólver dado não se olham as balas[1974]
24- A casa dada não se contam os fantasmas (1974)
25- o pintor[dublagem perdida][1979]
26- o futebol é minha melhor medicina /20 mil beijinhos para não morar com a sogra[1979] 
27. quer apostar como nunca mais eu entro numa aposta?[1975]

              Estes episódios[menos o vigésimo sétimo]. foram exibidos normalmente até o dia 26 de julho de 2011, quando o SBT mostrou o episódio de número 26 da lista. E ocorreu a natural passagem para os episódios do lote de 90 com "Troca de Cérebros com Ramón", primeiro episódio do lote, no dia seguinte. Como todos se lembram, ocorreu a trágica saída do Vermelhinho no dia 15 de agosto do mesmo ano. E teve todo aquele martírio até o SBT voltar com a série em dezembro de 2013 mas com inéditos e o lote ficou sem ser exibido. E o mistério começou na metade de janeiro de 2015. No dia seguinte à exibição de "Filmagens em Acapulco", último episódio do lote de 90, o natural seria o começo da exibição de todo lote de 84, a partir de "O Cleptomaníaco". Mas, para espanto de todos, eles exibiram "Troca de Cérebros com Ramón". Como já foi dito antes, este é exatamente o primeiro episódio do lote de 1990 e seguiram exibindo os episódios do referido lote até a série sair novamente do ar no mesmo mês.
            Quando Chapolin retornou, prosseguiram mostrando somente os episódios do lote de 90 (até chegaram a reprisar por duas vezes "A Volta da Corneta Paralisadora" num intervalo de apenas 15 dias no horário da tarde). E até hoje sentimos saudades destes grandes episódios listados que fazem parte do lote de 1984.
            Alguns deles são antologias, clássicos. Para se ter uma idéia, "o bandido" faz parte deste lote. O episódio  é o preferido pelos chmaníacos. Quem não se lembra também de "A Casa Caindo de Velha" e o vovô gritando "Baaaatmaaan"? "Verniz Invisibilizador" e o homem invisível? Os aerolitos, que não são pedras? A picada da serpente e a padiola? Júlio César e os centuriões que servem para que não caiam seus calções... O que mais tememos é que estas obras-primas de Chespirito passem a fazer parte do  lamentável rol de perdidos. 

GRANDES OBRAS-PRIMAS! QUE SAUDADE...  
       
            E nem adianta mandar e-mails para protestar que a gentalha do SBT nem dá bola. Até agora não entendo qual é a moral deles cancelaram tantos episódios. Afinal, o que aconteceu com as fitas destes episódios? Por quê nunca mais eles foram exibidos? Por quê eles cancelam alguns episódios por um tempo e depois voltam a exibí-lo de uma hora para outra?
            O  Gustavo Berriel, que saiu na Beija-Flor e foi campeão, mostrou a sua  genialidade ao listar  os prováveis motivos pelo cancelamento de tantos episódios (que até já poderão ser incluídos o lote de 1984 do Chapolin). Tanto que vou até reproduzir aqui o que foi magistralmente dito por ele. Quem não leu, aproveite e divirta-se. E quem já leu, não custa nada curtir de novo o bom humor deste gênio.
  1. O SBT pegou fogo, expodiu e com ele se foram alguns episódios do Chaves;
  2. O SBT alagou e com ele se afogaram os episódios;
  3. O Sr. Barriga cancelou os episódios porque o Seu Madruga não pagou o aluguel das fitas;
  4. A Dona Florinda pregou as fitas numa caixa;
  5. A Bruxa do 71 transformou os episódios em cestas;
  6. O Chaves comeu as fitas;
  7. A Chiquinha usou as fitas dos episódios para pular corda;
  8. O Seu Madruga penhorou as fitas;
  9. O Seu Furtado não pensou duas vezes e furtou as fitas;
  10. O Nhonho sentou nas fitas e as esmagou;
  11. A Bruxa Baratuxa sumiu com os episódios usando a palavra cabalística: 
  12. As fitas tomaram as famosas pastilhas encolhedoras do Chapolin;
  13. O Tripa Seca e o Racha Cuca eliminaram os episódios;
  14. O Chapolin sem querer pintou as fitas com verniz invisibilizador;
  15. As fitas estavam na cesta da Dona Florinda que se foi com os balões;
  16. Os episódios também foram para Acapulco;
  17. Os episódios saíram voando graças ao infalível extrato de energia volátil;
  18. O Sílvio Santos vendeu esses episódios para a Rede Globo;
  19. O Sergio Mallandro roubou os episódios quando saiu do SBT;
  20. A Mara Maravilha também levou uma parte;
  21. O Bozo também!
  22. O SBT vendeu as fitas e investiu todo o dinheiro na gravação das Chiquititas;
  23. As fitas apodreceram;
  24. As fitas mofaram;
  25. As fitas se enroscaram no vídeo.
            Claro que Berriel escreveu isso no maior bom humor do mundo, mas do jeito que o SBT é, quem sabe até uma destas cômicas hipóteses acima seja o verdadeiro motivo pelo cancelamento de tantos episódios. Infelizmente estas novas vítimas podem ser todos estes maravilhosos episódios de 1984, verdadeiros clássicos que até hoje, mesmo há quase  anos ausentes da TV[pelo menos não da tv a cabo], ainda estão na boca do povo. Todo mundo até hoje costuma repetir os diálogos destes antigos episódios de Chapolin, como "Não são pedras, são aerolitos", "Cadê essa padiola", etc. Agora temos esta nova preocupação que são os possíveis cancelamentos destes episódios maravilhosos, além dos outros  perdidos que foram contabilizados. 
          
 A MORTE DE  HORÁCIO
            No  dia 21 de novembro VÃO SE completar o aniversário da morte de Horácio Gómez Bolaños. Pode ser um nome desconhecido para quem não está por dentro no mundo CH, apesar do sobrenome famoso. Mas se respondermos que ele interpretou ninguém menos que o carismático Godinez no “Chaves”, todos se lembrarão do garoto que se senta no fundão da sala de aula dono de olhos arregalados, do boné com a aba levantada, do famoso suspensório e, principalmente, pelas palhaçadas que apronta nas raras vezes em que aparece nas séries.
            Geralmente quando falarmos da série “Chaves” para outra pessoa, ela certamente se lembrará de personagens como o próprio Chaves, Quico, Seu Madruga, Chiquinha... E do Godinez ela só se lembrará se fizer um bom esforço em sua memória. A marca do personagem sem dúvida é a raridade em que ele aparece nos episódios. A cada dez episódios de Chaves, Godinez participa no máximo de dois. Mesmo assim, nas poucas vezes em que está presente, sempre ele deixa a sua marca, por isso que Godinez é um dos mais queridos personagens na opinião dos chavesmaníacos, apesar dele praticamente aparecer apenas nos episódios da escola. Fora dela Godinez aparece somente no “Futebol Americano”, “Seu Madruga Fotógrafo” e “Parque de Diversões” (se lembrarem de outro episódio onde ele apareça fora da escola, me avisem).
NÃO CHORES POR NÓS, HORÁCIO...
            Do fundo da sala de aula, saem inúmeras PÉROLAS. Sempre tenta tirar o corpo fora ao ser chamado pelo Professor Girafales para responder perguntas dizendo: “Não fui eu!” e “Por que pergunta pra mim se eu não fiz nada!”. No episódio do Escorpião, Girafales consegue fazer algumas perguntas a ele, como “De onde se tira o leite da vaca?”. Resposta: “Da geladeira!” e “Em quantas partes se divide o crânio?”. Resposta: “Bom, depende da cacetada!”. Sem contar na prova em que tem que se responder “Verdadeiro” ou “Falso”, aonde ele usa a clássica moedinha para responder às perguntas. “Se der cara, escrevo verdadeiro! Se der coroa, escrevo falso!”. E no fim da prova, ele ainda está jogando a moedinha pro alto para confirmar as respostas. É de chorar de rir. E além de tudo isso, também Godinez mostra que tem gogó afinado ao cantar “QUE VOLTES PARA MIM! OH, QUERIDA POMBINHA!”.
“OUTRA PÉROLA DO GODINZINHO”
            Dá um show... de humor que eu vou te contar. ao responder com toda convicção que o nome da jóia que é encontrada dentro da ostra é a pérola. Pudera, após todas aquelas dicas do Professor que creio que todos se lembram... Mas a parte mais cômica da história do personagem é no fim do episódio do ”Último Exame”, talvez o melhor fim de episódio da história da série, quando todos imitam o choro da Chiquinha. Duvido que alguém tenha deixado de reparar naquela figura no fundão da sala toda atrapalhada na hora de fazer o movimento dos braços do choro da Chiquinha. Ele, pra completar, ainda faz uma pose para as câmeras enquanto ele faz os movimentos ao contrário. Quando virem o episódio do “Último Exame” novamente, não deixem de reparar no Godinez todo enrolado na hora da cena.
            Ele também apronta no episódio do Futebol Americano, onde na jogada com Seu Madruga, tira suas calças fora e enquanto o pai da Chiquinha esconde seu samba-canção de bolinhas, Godinez olha para Seu Madruga com um semblante cômico e inesquecível. E não pára por aí. O moleque, ao ser fotografado por Seu Madruga, leva tudo ao pé da letra quando o pai da Chiquinha pede para que ele não respire. Nos episódios do Chapolin, seus papéis sempre eram secundários (assim como seu Godinez era). Os mais lembrados são o senhor Oracles do “Ventríloquo”, o Lagoa Seca dos “Piratas” e o homem dos pacotes do episódio do Porca Solta.
“JÁ POSSO RESPIRAR?”
            Horácio Gómez Bolaños sempre foi discretíssimo nas séries e por conta disso é pouco lembrado por aqueles que não assistem Chaves com tanta freqüência. Claro que quem é fã das séries, como eu, conhece e admira o trabalho do irmão mais novo de Chespirito (coisa que acho que pouca gente sabe). Depois que acabaram as gravações das séries, Horácio passou por  dificuldades, pois ele não tinha experiência em teatro, onde quase todos os atores passaram a trabalhar depois do fim das séries. Chespirito lhe apoiou nos últimos anos de sua vida, que chegou ao fim com um enfarte no triste dia 21 de novembro de 1999.
            Por isso essa é uma homenagem feita ao grande Horácio Gómez Bolaños. Quase não é lembrado pelos telespectadores, mas seu trabalho contribuiu muito sem dúvida para o sucesso das séries de Chespirito. Por isso em nome de todo o povo chavesmaníaco eu digo:
OBRIGADO HORÁCIO, POR TODAS AS “PÉROLAS” QUE VOCÊ NOS PROPORCIONOU!!!
 

UMA BRIGA LAMENTÁVEL
            Que saudade da década de 70... Uma década onde reinava a calmaria, onde o sucesso de Chespirito e sua trupe estava em seu ápice. Os atores trabalhavam em uma harmonia incomum, o clima sempre era de descontração nos bastidores, era a perfeição.
            Tanto sucesso, porém, estraga. Começou quando Carlos Villagrán, em 1978, acabou se desentendendo com Chespirito, que imaginava que seu parceiro, com Quico, estava obtendo mais sucesso que seu personagem. Já que ele era quem mandava, a melhor solução foi afastar Carlos das séries. Nem implorou duas vezes, o próprio Carlos Villagrán quis proclamar a independência do personagem e se mandou com ele para a Venezuela e levou consigo outra alma da série: Ramón Valdez. Começava o declínio das séries de Chespirito, pois era duro sofrer os desfalques de ninguém menos que Quico e Seu Madruga. Um certo mal-estar de relações começava aí, Chespirito e Carlos só voltariam a se falar depois de mais de 20 anos.
            Chespirito e Maria Antonieta de Las Nieves trabalharam juntos até a metade da década de 90, quando Chespirito se aposentou das telas. E desde então, os dois, antes grandes amigos, passaram a ser grandes rivais. O nosso “querido” Chaves passou a ambicionar os direitos de seus personagens de maneira a enfrentar grandes problemas.
Há algum tempo já ouvíamos falar dos bate-bocas entre Maria e Chespirito, que por ser o criador da personagem Chiquinha, queria cassar os direitos dela de interpretar a personagem. Pô, o que Chespirito ganharia com isso?Ele já não tinha tanto dinheiro[que deixou de herança pra vagabunda da florinda? Ele não realizou todos os sonhos de sua vida? Então pra quê sacanear desse jeito Maria Antonieta de Las Nieves, pra muitos a melhor atriz dos seriados, a intérprete de uma das mais queridas e mais lembradas personagens da TV mundial? Parece que, depois de ter parado de trabalhar, algum demônio fez a cabeça de Chespirito. Perdeu uma grande amizade, que era Maria Antonieta, braço direito dele até o fim dos programas. Veja a gravura abaixo, publicada na Folha há um doze anos mais ou menos.
Pois é, bons tempos... E com pesar, o motivo do pequeno infarto sofrido por ela: a visita de um oficial de justiça que lhe entregou um processo movido por Chespirito para lhe cassar os direitos que tem de interpretar a Chiquinha. Quem leu a notícia na seção “Direto do México” da revista “Minha Novela” deve ter se comovido com as palavras de Maria: “Ele não pode fazer isso! Interpretar a Chiquinha é a única coisa que sei e que gosto de fazer na vida!”. Por duas vezes ela se referiu a Chespirito como “aquele senhor”, deixando claro que aquela antiga e doce amizade ficou distante, virou coisa do passado.
CHAVES FAZ CHIQUINHA CHORAR!  TAMBÉM NA VIDA REAL!
Com toda essa história, Chespirito começava a pôr seu caráter em xeque. Quem antes imaginava que aquele gênio baixinho, com uma carinha de anjo e de palhaço, poderia ter, por dentro, tanta ambição a ponto de fazer uma grande amiga, que sempre lhe deu apoio e que ajudou a consagrá-lo, passar por essa situação? Realmente, uma grande amizade e um ciclo de sucesso por tantos anos não pode terminar assim. Nos fóruns  CH, muitos usuários passaram a criticar e xingar Chespirito (até com razão). Antes, qualquer ofensa a esse mestre (que mesmo com tudo isso que  fez, continuo o respeitando muito) era considerada uma verdadeira heresia. Certamente o autor das ofensas seria repreendido pelos colegas e expulso das rodas de bate-papo sobre Chaves ou qualquer outra coisa. Mas depois dessa atitude, não custaria nada falar umas verdades ao “senhor” Roberto Gómez Bolaños[se estivesse vivo]. Depois dessa, muitos só o respeitarão como o grande ator e roteirista que é, não como pessoa.
Uma pena que “esse senhor”, uma referência muita bem feita por Maria Antonieta de las Nieves a Chespirito, estaria traçando o mesmo caminho que muitos artistas espalhados por aí, como Pelé, que rejeitou a própria filha (mesmo provado que o DNA era o mesmo do Rei do Futebol). Muitos feitos no passado e pouca simpatia no presente. Mas a briga dos dois é muito semelhante ao desentendimento entre Renato Aragão e Dedé Santana. Nos dois casos, os dois eram eternos companheiros. Depois do auge da carreira, os dois passaram a não se encontrar mais e a distância causou uma série de desentendimentos entre as duplas, Dedé declarava que Didi nunca mais o chamou para produzir e trabalhar em seus filmes e que estava na pior. Didi deixava claro que não queria mais nada com o ex-companheiro, [pelo menos eles são velhos amigos como antes].  pena O mesmo não aconteceu com nossos ídolos mexicanos, lamentavelmente. Uma pena que a paz nunca é possível nem no humor...
CENA QUE INFELIZMENTE NUNCA MAIS IRÁ SE REPETIR...
SETE DE SETEMBRo

            Desde 1999, o SBT inventou de deixar os dois episódios, Independência do Brasil e sua seqüência, [A Proposta], anuais. Até essa data, os dois episódios eram apresentados freqüentemente, de dois em dois meses, como figuras pra lá de tarimbadas como Acapulco, Sociedade, etc. E em 1999, pararam de exibir os dois episódios por um  tempo, semelhante ao Seu Madruga Fotógrafo que não era exibido há um ano e meio. E quando chegou o dia 6 de setembro de 99, exibiram a Independência do Brasil após um tempão, praticamente um ano. Aí entendemos que a intenção do SBT era deixar esses dois maravilhosos episódios anuais. Naquele ano de 99, os burros não levaram conta dos seguintes detalhes: apenas um desses dois episódios fala de Independência (e do México, a dublagem que transformou a Independência mexicana na brasileira), é aquele que as crianças brincam com confetes e depois começam a brincar de D. Pedro I até que formam a bandinha que no segundo episódio irá importunar Seu Madruga e a Bruxa do 71. E esse episódio, que faz referências à Independência “do Brasil” somente no terceiro e último bloco (e também no título do episódio), foi exibido no dia seis de setembro. O dia seguinte seria reservado ao segundo episódio, mais divertido ainda, A Proposta. Ele começa com Dona Florinda resmungando e varrendo o pátio cheio de confetes, serpentinas e outras coisas. Outro detalhe: desde quando o feriado da Independência do Brasil se transformou no carnaval? Nunca vi no feriado, que aqui no Brasil tem como tradição os desfiles militares, vendedores de balões, confete e serpentina. Os episódios, mesmo com a dublagem, deixam claro que estão se referindo às festanças mexicanas, creio eu que são costumes para festejar a Independência mexicana. E aí vem a coisa mais bizarra: o episódio da Proposta, que nada fala de Independência, que foi exibido no dia 7 de setembro. No ano passado, o SBT exibiu os dois episódios no feriado, sem cortes. E desde esse ano, já meio distante, que resolveram fazer essa besteira de deixar os  dois episódios  anuais por falar dois ou três minutos de Independência (do México no original) “do Brasil”, onde a dublagem até fez um bom trabalho, apesar de ter se equivocado  quando Gastaldi disse na voz de Chaves que D. Pedro I proclamou a Independência em 21 de setembro de 1829 (talvez eles quisessem dar uma idéia de que Chaves era burro, pois ele estava estudando quando disse isso). A dublagem teve problemas também na parte em que Chaves se refere a um herói mexicano (provavelmente Hernán Cortez) que carregou uma pedra enorme e “andarilhou” até a rua, pois é pouco provável que D. Pedro tenha feito isso, mas os tradutores não tiveram outra escolha senão dizer que a autoria de tal feito foi dele, já que a dublagem resolveu fazer com que a Independência fosse do Brasil.
            E lamentavelmente temos que tolerar mais uma bobagem do SBT, que cada vez aumenta mais a rejeição com os chmaníacos com a insistência de manter nossa série favorita em um horário  mais ou menos horroroso, horário que, por sinal, prevalecem os programas locais, o que faz com que muitos estados fiquem sem Chaves. Por isso, muitos ficaram sem ver esses dois maravilhosos episódios. Porém, até os paulistas e outros que vivem em estados sem programinhas locais correm o risco de não assistirem aos episódios porque o dia sete de setembro este ano caiu em uma sexta(pior dia para feriados). E como o SBT é o canal da sacanagem,  eles quase não exibiram os episódios este ano..
 PARA MATAR A SAUDADE, AÍ VAI O RESUMO DOS DOIS EPISÓDIOS:
Independência do Brasil

Começa com Seu Madruga saindo de casa com balões para vender na rua. Chiquinha chora. Seu Madruga pergunta porque ela está chorando e Chiquinha na hora de dizer, vê os balões e pede um para seu pai. Ele não dá e Chiquinha chora mais ainda. Ela diz que Chaves lambeu seu pirulito. Seu Madruga diz que Chaves “larapiou” seu pirulito. Chiquinha insiste em pedir um balão para Seu Madruga, que dá um pra ela e sai pra vendê-los. Chiquinha brinca com o balão, enquanto que Chaves aparece com um aviãozinho de madeira. Chiquinha começa a provocar Chaves com seu balão. Chaves diz que não lhe emprestará sua nave “interplatenária”. Os dois discutem até que Chiquinha não deixa Chaves falar colocando as mãos nos ouvidos dizendo a frase “Não ouço, não ouço, não ouço, sou tapado e tenho olho de peixe”. Chaves se irrita e, com o aviãozinho de madeira, espeta o balão da Chiquinha, que chora. Chaves brinca com o avião, quando Quico chega brincando com sua bola, olha para o avião do Chaves, larga sua bola no chão e volta para sua casa para buscar seu aviãozinho de brinquedo. Quico brinca com o aviãozinho e Chaves encontra a bola do Quico e começa a brincar com ela. Quico lhe toma a bola. Chaves então coloca um caixote próximo ao aviãozinho do Quico que está no chão. Chaves sobe no caixote e pula em cima do aviãozinho, esmagando-o. Quico chama sua mãe. Seu Madruga, que voltou à vila após Chiquinha ter contado o que Chaves fez com ela, fica chocado com a atitude do moleque. No momento, Dona Florinda chega e, pra variar, pensa que foi Seu Madruga que esmagou o avião e dá mais um de seus tabefes no Madruguinha. Após o Gentalha, Dona Florinda diz a Seu Madruga que da próxima vez quebre os brinquedos da sua vó. Chaves pede que ao invés dela quebrar os brinquedos, que ela dê para ele. Seu Madruga na hora de dar o cascudo tem pena do Chavinho e não bate nele. Seu Madruga pergunta à Chiquinha se foi pra isso que ela fez ele voltar. Chiquinha diz que foi pra ele lhe dar outro balão. Seu Madruga, contrariado, dá outro balão pra ela dizendo que esse é o último. Chiquinha, contente, brinca com o balão, enquanto Chaves olha para ela sem ter nada para brincar. Seu Madruga, comovido com a cena, dá para Chaves um saquinho de confete. Chaves, contente, agradece a Seu Madruga, que, de consciência limpa, deixa a vila para vender os balões. Fim do 1º bloco.
            Chiquinha brinca com o balão, chupa seu pirulito e provoca Quico, que diz que tem dinheiro pra comprar muitos balões. Ele aparece com dois balões. Chaves aparece jogando confete pra todo lado. Quico, que vai correndo até a porta da vila e deixa escapar seus balões, volta com dois sacões enormes de confete. Chiquinha provoca Quico lambendo seu pirulitinho. Quico volta a porta da vila, deixando cair os dois sacos de confete. Chaves pega os sacos. Quico volta com um pirulito enorme. Quico oferece a Chaves, ele diz sim e Quico manda ele comprar. Chaves joga um monte de confetes em cima de seu pirulito. Quico, irritado, toma um dos sacos de confete de Chaves. Chiquinha propõe uma troca: seu pirulito por um saquinho de confetes do Chaves, que aceita e Chiquinha mergulha seu pirulitinho dentro do saquinho de confete. Chiquinha começa a caçoar de Chaves, que pega seu aviãozinho de madeira e espeta seu balão. Chiquinha chora e Chaves começa a rir dela. Chiquinha joga um punhado de confetes na boca de Chaves enquanto ele está falando. Chaves vai em direção a Quico, que está próximo ao corredor que separa o primeiro do segundo pátio, e diz a ele: “Viu o que ela me fez?”. Quico responde: “Vi, ela fez assim!” e ele joga confete na boca do Chaves, que avança pra bater em Quico. O bochechudo pede que ele jogue confete na Chiquinha. Chaves vai até Chiquinha (que está em frente ao barril) jogar confete, mas Chiquinha se afasta, escondendo sua cabeça. Depois ela se levanta, ficando de olhos e boca fechada, sem óculos. Chaves vai até Quico dizer que não conseguiu. Quico está com os óculos da Chiquinha nos olhos e diz que ela estava sem eles. Quico pergunta a Chaves como é aquela canção que diz “Tá Chegando a Hora”. Chaves começa a cantar “Aaaaaaiaaaaaaiaaaaa...” e Quico joga confete nele. Chaves avança em Quico, que pede pra ele fazer isso na Chiquinha. Chaves pergunta como é a canção, Chiquinha canta de boca fechada. Chaves diz que não é assim. Chiquinha pergunta como é então. Chaves começa a cantar: “Aaaaaaaaiaaaaia...” e ela joga mais confetes nele. Chiquinha ri e Chaves volta até Quico, que lhe pergunta qual é a primeira letra do alfabeto. Chaves responde que é o A e Quico joga mais confetes na boca do Chavinho. Chaves avança em Quico, que mais uma vez pede pra ele ir fazer isso na Chiquinha. Chaves se dirige a Chiquinha e pergunta qual a primeira letra do alfabeto. Chiquinha responde que é o Z. Chaves diz que Z é a última. Chiquinha pergunta a Chaves qual é a primeira. Chaves responde que é A e, de boca aberta, leva mais uma saraivada de confetes. Mais risada da Chiquinha. Quico diz a Chaves que ele é muito besta. Quico ensina outro truque a Chaves. Dá um pisão no pé em Chaves, que grita e joga-lhe confete. Quico diz que não tem como dar errado. Dona Florinda se coloca no meio de Chiquinha e Chaves. Chaves dá o pisão em Dona Florinda que grita e lhe joga um punhado de confetes. Chiquinha ri e Dona Florinda fica zangada com Chaves. Fim do 2º bloco.
            Chaves estuda sobre a Independência do Brasil (e diz que D. Pedro I a proclamou em 21 de setembro de 1829, dãããã). Quico chega com um pirulito e provoca Chaves com a ladainha do “vai me dar, primeiro diz se quer, você diz compra”. Chaves recusa e diz que está estudando. Quico começa a lamber o pirulito, desconcentrando Chaves. Carlos Villagrán se diverte tanto fazendo a cena que por um momento chega a esconder o rosto no pirulito porque ele caiu na gargalhada. Chaves joga o pirulito de Quico no chão, o quebrando. Quico se invoca, mas tem a idéia de brincar de grito da Independência. Chaves gosta da idéia e diz que será D. Pedro I. Quico diz que será D. Pedro II. Chaves diz que D. Pedro II não participou da Guerra da Independência. Quico diz que ele participou da Guerra das Galáxias. Chaves discorda e Quico entoa a seqüência: Guerra Fria? Guerra Morna? Da Guerra Quente? Da Guerra Fervente? Não deu! Chaves diz que D. Pedro II participou da Guerra do Paraguai. Chaves diz que Quico será José Bonifácio. Quico retruca dizendo que Chaves será o Pica-Pau. Chaves pergunta se Quico não sabe quem foi José Bonifácio. Quico responde: “Um jogador de futebol?”. Chaves discorda. Quico faz outra seqüência: De basquete? De futebol de salão, isso sim! De beisebol? Quem sabe ele não joga vôlei? Não deu! Chaves diz que José Bonifácio foi quem aconselhou tudo a D. Pedro I e diz que ele carregou uma pedra grandona nas costas e“andarilhou” até a rua. Chiquinha sai de sua casa e corrige: “Andou, burro!”. Chaves diz: “É, andou burro de tanto carregar pedra!”. Chiquinha pergunta o que eles estão fazendo e Chaves diz que estão brincando de Grito da Independência e que é D. Pedro e está em seu cavalo. Chiquinha diz que Chaves montado na vassoura se parece a Bruxa do 71. Dona Clotilde pede que a chamem de Bruxa de novo e Chiquinha diz: “Bruxa”. Dona Clotilde se irrita e Quico diz que foi ela quem mandou chamar de Bruxa e Quico arremeda Dona Clotilde, que se irrita mais ainda. Dona Florinda pergunta o que está havendo e Dona Clotilde diz que estão arremedando dela e que passam a vida a arremedá-la. Dona Florinda diz a Quico que não banque o idiota. Ela tenta corrigir, mas diz que as crianças sempre estão imitando o pior. Bruxa do 71 se zanga e Dona Florinda, sem jeito, se retira. Dona Clotilde pede às crianças que vão para o inferno. Chaves diz que ela quer que eles vão na casa da Bruxa. Chiquinha e Quico dizem que não vão e Dona Clotilde, zangada, entra em sua casa. Voltando à brincadeira, Chaves diz que ele é D. Pedro I e Quico é Tiradentes. Quico corrige dizendo que é José “Vonibácio”. Chaves corrige Quico e diz que Chiquinha será a Princesa Isabel. Chiquinha diz que é melhor o Quico ser a Princesa Isabel. Quico pergunta por que se ele é homem. Chiquinha diz que a Princesa Isabel aparece na moeda de cinco centavos e diz que Quico vale isso. Quico, irritado, puxa o cabelo da Chiquinha, que chora. Chaves diz a Quico que com uma mulher é fácil ser valente, e diz que quer ver ele ser valente com um homem. Quico dá um soco em Chaves, que pergunta: “Sabe em quem você bateu?”. Quico pergunta: “Em quem?”. Chaves responde: “D. Pedro I”. Chaves pega uma vassoura e diz que quem vai dar o grito é o Quico. Chaves acerta a vassourada em Seu Madruga, que deixa escapar todos seus balões, que voam para o céu. Seu Madruga, revoltado, pergunta a Chaves se ele sabe quanto custaram esses balões. Chaves explica tudo e Dona Florinda pergunta a Quico o que aconteceu e o moleque acusa que querem lhe bater com a vassoura. Seu Madruga diz que eles estavam brincando de Grito da Independência. Dona Florinda diz que vai lhe dar seu sete de setembro e dá um tremendo tabefe em Seu Madruga. Quico faz Gentalha e Dona Florinda diz a Seu Madruga que brinque de soldadinho com sua vó. Chaves pergunta se sua vó atira como soldadinho de chumbo e imita um rifle atirando. Seu Madruga dá um cascudo em Chaves e Seu Madruga diz que não dá outra em Chaves porque sua vó foi assistente de D. Pedro. Chaves e Chiquinha choram e resmungam. Chiquinha encontra a cesta que Seu Madruga deixou no chão. Chiquinha propõe a Chaves a formação da banda. Chaves, agachado, faz o zás, zás (cena cômica que mostra o bom preparo físico de Chespirito na época). Chiquinha toca a corneta e Chaves pega o caixote e um pedacinho de pau e usa como tambor. Os dois tocam uma música. Quico vê Chaves com um tambor improvisado e volta a sua casa para buscar seu tamborzinho, que faz um enorme barulho. Chaves, chateado, joga o caixote e o pauzinho no chão e pergunta o que ele vai tocar. Chiquinha diz que ele tocará o apito. Chiquinha forma a banda dizendo: “Atenção, aqui fala a Capitã Chiquinha ao Soldado Chaves e ao Soldado Quico, Passo Redobrado”. E eles começam a tocar e marchar. Chaves diz que se quiserem ver a continuação que vejam no próxima programa, no mesmo horário e no mesmo “Chaves Canal”. Fim.
A Proposta

Começa mostrando um resumo do primeiro episódio. Dona Florinda varre o pátio todo sujo de confete e serpentina, resmungando. Dona Clotilde sai de sua casa cantando “Com o perfume do Madruguinha, me sentirei a mulher mais...”. Ela nota o mau humor de Dona Florinda. A mãe do Quico, zangada, diz que a barulheira e a farra deixaram seus nervos à flor da pele. Dona Clotilde diz que se trata de uma festa para homenagear os heróis da guerra da independência. Dona Florinda diz que para comemorar uma guerra não é necessário fazer outra e deixa claro que é ela que tem que varrer tudo no dia seguinte, pois é a única pessoa limpa da vila. Dona Clotilde diz que Florinda está enganada, pois ela toma banho todos os sábados. Dona Florinda ainda diz que Dona Clotilde sequer lhe ajudaria a varrer. Dona Clotilde dizia a frase “Pois se engana novamente...”, Dona Florinda a interrompe, dá a vassoura à Bruxa e se manda dali. A Bruxa do 71 não sabe o que fazer com a vassoura, até que aparece a Chiquinha. Ela pergunta se ela não gostaria de varrer o pátio. Chiquinha disse que varreria com prazer, mas tem muita coisa pra fazer. A preguiçosa Chiquinha entra em sua casa. Dona Clotilde se apóia no barril com a vassoura e Chaves se levanta dentro dele. A Bruxa se assusta com a presença de Chaves. Ela diz que se assustou. Chaves, saindo do barril, pergunta se ela nunca se olhou no espelho. Ela se irrita e ordena Chaves que varra o pátio. Chaves pergunta: “E se eu não quiser?”. Dona Clotilde diz que lhe dará cinco moedas. Chaves muda de idéia. Chiquinha, na janela de sua casa, ouve tudo e pergunta a Bruxa: “Cinco moedas?”. Dona Clotilde confirma e diz a Chaves que só lhe pagará quando estiver tudo limpo. Dona Clotilde entra em sua casa. Chiquinha sai de sua casa e diz que varrerá o pátio. Os dois disputam a vassoura, Chiquinha solta e Chaves acerta Seu Barriga na entrada. Seu Barriga fica enfezado e Chaves diz que foi sem querer querendo. Chiquinha diz que não é verdade e diz que Chaves disse que quando Seu Barriga chegar, ia derrubar sua pança a vassouradas. Chaves, irritado, tenta dar uma vassourada nela, mas acerta Seu Barriga de novo, que diz: “Com essa já são duas”. “Outra vez foi sem querer querendo”, diz Chaves. Seu Barriga pergunta se ele não viu o Seu Madruga. Chaves pergunta: “Meu Sadruga?”. Seu Barriga diz que não, que é o Seu Madruga. Chaves começa a perguntar: “O que eu disse?” e Seu Barriga confirma: “Meu Sadruga”. Chaves pergunta: “E como é?”. Seu Barriga diz que é Seu Madruga. Chaves continua perguntando e Seu Barriga interrompe o festival de perguntas. Chaves diz que ele foi trabalhar. Seu Barriga não acredita e pergunta várias vezes: “Ele está onde?”, “Foi trabalhar” responde Chaves, “Seu Madruga?” pergunta. “É” confirma. “Saiu pra quê?”, pergunta novamente Seu Barriga, o que irrita Chaves, que pede para ele não ser palhaço. Seu Barriga, enfezado, pede para Chaves sair dali. Chaves se manda. Seu Barriga diz que não pode acreditar Seu Madruga trabalhando. Seu Madruga, entrando na vila, diz que ele menos. Seu Madruga pergunta ao gordo se sabe o que vendeu a manhã toda e responde: “Nove”. “Nóvendi Nada”. Seu Barriga diz que só ocorre a ele vender aqueles artigos depois que passou o feriado. Seu Madruga disse que como sobrou um pouco de mercadoria e diz que é um milagre o Seu Barriga estar cobrando o aluguel. Seu Barriga diz que milagre seria se Seu Madruga pagasse o aluguel. Seu Madruga enrola e diz que talvez um milagre o ajude. Chiquinha aparece com uma cesta e diz a seu pai que lá está tudo o que ele ganhou na semana passada. Seu Barriga começa a contar o dinheiro, Seu Madruga, desesperado, tenta tomar dele. Seu Barriga diz a Seu Madruga que os milagres existem. Seu Madruga fica louco da vida. Fim do 1º bloco.
            Seu Barriga leva todo o dinheiro e agradece ao Seu Madruga, que se irrita com Chiquinha, que entra em sua casa. Dona Clotilde dá bom dia e Seu Madruga pergunta o que ele tem de bom. Ela pergunta se ele está irritado. Seu Madruga diz que está contente e dá uma risada irônica. Dona Clotilde diz que tem uma coisa importante a lhe dizer, mas Seu Madruga, de mau humor, diz pra ela dizer a outro porque não tem tempo e deixa Dona Clotilde falando sozinha. Dona Florinda chega e lhe dá bom dia. Dona Clotilde pergunta o que ele tem de bom e se retira. Chaves aparece e Dona Florinda pergunta se ele não quer ganhar dez cruzados. Chaves pergunta a quem tem que matar. Ela diz que ele não tem que matar ninguém, só varrer o pátio. Ela dá o dinheiro a ele, que comemora. Chaves pergunta por onde começa. Ela pede que ele tire os caixotes que estão ocupando espaço para o outro pátio. Chaves prefere colocar debaixo do tanque. Os dois discutem e Florinda concorda que Chaves leve para debaixo do tanque. Chaves vai mudando de idéia depois e Dona Florinda, revoltada, pede para levar para o inferno. Chaves diz que no inferno só vão os meninos maus. Quico, chupando um pirulito, diz que está ali. Chaves pede para Quico fazer um favor quando morrer. Quico diz que vai contar pra sua mãe porque ele quer que ele morra. Chaves diz que não precisa ser hoje, pode ser na semana que vem. Quico diz que Chaves tem inveja porque ele tem um pirulito, mas Chaves diz que tem dinheiro para comprar um. Chaves mostra o dinheiro que Dona Florinda lhe deu, enquanto Quico dizia que Chaves não podia comprar um pirulito daquela categoria. Quico se surpreende e pergunta onde ele roubou. Chaves diz que nunca roubou nada na sua vida e enquanto os dois vão conversando, Chiquinha aparece e toma o pirulito do Quico dizendo a frase “Cochilou o cachimbo caiu” e foge para o outro pátio. Quico sai correndo atrás dela. Dona Florinda aparece, perguntando o que houve e Chaves diz o que aconteceu e indaga que os homens não devem bater nas mulheres. Dona Florinda começa a justificar o assunto, Seu Madruga aparece e começa a ouvir tudo o que ela diz. Dona Florinda pára o assunto, pede para Chaves varrer e volta pra sua casa. Chiquinha volta chorando, porque Quico quebrou seu pirulito. Seu Madruga pergunta como ele quebrou. Chiquinha responde que ele quebrou com a cabeça quando ela lhe deu uma pirulitada. Quico volta todo machucado. Seu Madruga toma o pirulito das mãos da Chiquinha e pergunta se não quer que ele lhe dê uma pirulitada em sua cabeça para ver como ela se sente. Chiquinha diz que não, pois o Quico já lhe mostrou. Dona Florinda aparece e pergunta o que aconteceu. Quico diz: “É que me quebrou o pirulito na cabeça”. Dona Florinda já vai preparar o tabefe em Seu Madruga, que está com o pirulito na mão, quando ele diz que há mulheres que se aproveitam de sua condição de mulheres para bater nos homens e ela diz: “Como eu, por exemplo”. Ela dá uma cacetada nele, Quico faz gentalha e Seu Madruga começa a ter um acesso de irritação. Ele se mexe todo de raiva e Seu Barriga pergunta se ele está fazendo ginástica, exercício. Seu Madruga cerra os dentes e entra em sua casa. Seu Barriga pergunta a Chiquinha se aconteceu alguma coisa com ele ou ele é assim mesmo. Ela responde: “As duas coisas”. Seu Barriga pergunta se ele está nervoso ou zangado. Ela responde novamente: “As duas coisas”. Seu Barriga começa a imitar a Chiquinha e pergunta se ela não sabe dizer outra coisa ou está o gozando. Ela responde mais uma vez: “As duas coisas”. Ele faz mais uma pergunta, se ela pensa que ele é um brinquedo ou um palhaço. Ela: “As duas coisas”. Seu Barriga dá um berro na Chiquinha e se dirige a porta da vila. Ele tropeça na vassoura do Chaves, que está varrendo. Ele cai e esmaga um caixote que estava no chão. Dona Clotilde vê Seu Barriga caído e pergunta se ele caiu ou o Chaves a derrubou e adivinhem o que ele responde? “As duas coisas”. Fim do 2º bloco.
            Começa na minha opinião o melhor momento de toda a história da série. Seu Madruga sai de sua casa pra vender suas quinquilharias, quando Dona Clotilde diz que tem uma coisa muito importante a lhe dizer. Ele pede que ela diga. Quando ela vai dizer, aparece a bandinha formada pelos meninos fazendo o maior escândalo. Seu Madruga pede pra ela continuar e ela, quando tenta falar, eles tocam. E assim vai, quando ela tenta completar a frase, os meninos a interrompem tocando seus instrumentos. Seu Madruga pergunta se eles não tem mais nada pra fazer mais barulho e Chaves diz que os rojões já acabaram. Seu Madruga pergunta a Chaves porque batem nele e o moleque responde que ninguém tem paciência com ele. Seu Madruga o imita e pede para ele calar a boca. Seu Madruga vai falar com Dona Clotilde e quando ela está falando, Chiquinha toca a corneta. Seu Madruga olha para ela com raiva. Dona Clotilde tenta dizer de novo, mas Quico toca o seu tambor. Seu Madruga se aproxima dele e o olha com raiva. Seu Madruga diz a Chaves que só falta ele fazer escândalo. Chaves começa a tocar seu apito, que Seu Madruga, que tentava falar com a Bruxa, toma. Quico volta a tocar o tambor, mas Seu Madruga lhe toma junto com os bastões. Chiquinha toca a corneta, que Seu Madruga toma e ele diz que acabou o escândalo. Quico pergunta: “Que escândalo?”. Seu Madruga então coloca o tambor e a corneta e o apito na boca e pede para eles lavarem as orelhas se não conseguirem ouvir o escândalo que ele vai fazer. Seu Madruga começa a tocar feito um louco. Faz um enorme barulho, o que faz que Dona Florinda sair de sua casa e ela vê Seu Madruga com os instrumentos e dá uma cacetada nele. Quico faz gentalha e ele entra em sua casa. Seu Madruga volta a Dona Clotilde, que fica com pena dele e o elogia da maneira dele resistir à dor e às humilhações. Seu Madruga diz que é o sangue indígena que corre por suas veias e pergunta a ela o motivo por Montezuma (herói mexicano) não ter chorado quando lhe queimaram seus pés. Ela corrige que queimaram os pés de Cualtémoc (não sei se está correto o nome). Seu Madruga pergunta de novo o motivo por ele não ter chorado quando queimaram os pés do amigo. Dona Clotilde corrige novamente dizendo que quando queimaram os pés de Cualtémoc, Montezuma já estava morto. Seu Madruga conclui que por isso que ele não chorou. Seu Madruga volta a perguntar o que Dona Clotilde queria dizer e ela, quando tenta, é interrompida por Chaves que pergunta: “Seu Madruga, não vai devolver meu apito?”. Seu Madruga responde que não e quando ela vai tentar falar, Chaves pergunta: “E por que não vai devolver meu apito?”. Seu Madruga responde que não está com vontade. Chaves volta e Chiquinha se aproxima e pergunta: “Papai, não vai devolver minha cornetinha?”. Seu Madruga diz que não. No momento em que Dona Clotilde fala, Chiquinha novamente a interrompe dizendo: “E por que não vai devolver minha cornetinha?”. Seu Madruga responde: “Porque não!”. Chiqunha volta e Dona Clotilde volta a tentar falar, quando Seu Madruga interrompe indagando que Quico irá aparecer e perguntar “Seu Madruga, o senhor não vai devolver o meu tamborzinho”. Seu Madruga faz uma careta pra lá de cômica para imitar Quico.     Eles esperam e Quico não aparece. Seu Madruga se convence de que Quico não vem e pede para que a Bruxa do 71 diga o que ia dizer. No momento em que ela vai dizer, Quico aparece e Seu Madruga a interrompe. Quico se aproxima de Seu Madruga e fica com uma cara séria sem dizer nada. Seu Madruga fica impaciente e pergunta o que ele quer. Quico diz que nada. Seu Madruga volta a perguntar o que Clotilde quer e no momento em que ela vai falar, Quico pergunta: “Seu Madruga, o senhor não vai devolver o meu tamborzinho”. Seu Madruga explode de raiva e Quico sai dali. Dona Clotilde pergunta por que a interrompem quando ela está falando e Chaves retruca: “E a senhora por que fala quando estamos interrompendo?”. Seu Madruga diz que na próxima interrupção ele vai rachar a cabeça com os bastões do tambor. Ele pergunta e Dona Clotilde, quando tenta dizer, é interrompida por Seu Madruga que se volta para os meninos e diz: “Desta vez não estou brincando”. Ele pede mais uma vez, e ela, quando tenta novamente falar, mais uma vez é interrompida, quando Seu Madruga se volta para os meninos e diz: “Porque tudo tem limite”. Ele se volta para Dona Clotilde e pergunta o que ela quer dizer. Ela, pra variar, é interrompida de novo quando Seu Madruga se volta para as crianças e diz: “E da próxima vez vão se ver comigo”. Dona Clotilde se irrita e proporciona a nós um dos momentos mais engraçados de toda a série: ela, com uma série de caretas e movimentos, fala um sensacional “Ai, cale-se, cale-se, cale-se, que me deixa louca!”. Seu Madruga fica sem jeito e promete que não haverá mais nenhuma interrupção. Aí Dona Clotilde finalmente consegue dizer o que quer: “Eu encontrei a solução para que você não seja mais vítima dessas crianças nem de Dona Florinda”. Seu Madruga se entusiasma e pergunta qual é a solução. Ela responde: “Casando-se comigo”. Seu Madruga fica chocado e enquanto Dona Clotilde fica imaginando como será a vida dos dois casados, Seu Madruga devolve todos os instrumentos às crianças e eles voltam a fazer o escândalo. Seu Madruga marcha com eles e entra em sua casa. E as crianças tocam enquanto Dona Clotilde continua falando das maravilhas que será o casamento deles. Fim.


HÁ 31 ANOS, CHESPIRITO CONTINUA NA BOCA DO POVO
(MESMO CONTRA A VONTADE DO SBT)
     Parece que é só essa gentalha receber um mísero elogio da gente entre tantas críticas que eles já fazem porcaria. Infelizmente, os lamentáveis cortes nos episódios voltaram. O Retorno dos Cortes  entrou em cartaz no último dia 29, quando deram um enorme corte no episódio da Casa da Bruxa do 71. Eu  ajeitei a fita para gravar o episódio que viesse, mas quando vi que era o da Casa, desliguei a TV, já que eu já tenho gravado esse episódio em boa imagem. Apenas dez minutos depois, liguei a TV novamente para ver o restinho do Chaves e esperar começar icarly na nickelodeon (série que não gosto que critiquem, pois eu gosto dela como gosto de Chaves) começar. Quando vi, já estava dando outro episódio, o das Aulas de Violão e estranhei. Fiquei pasmo. Mesmo sem ter visto, já sabia que o episódio da Casa fora totalmente cortado. Captei que o SBT é um canalzinho que gosta de aparecer. Fazem tudo errado, fazem coisas que não gostamos, tomam atitudes que não aprovamos e que lamentavelmente temos que tolerar, pois não podemos fazer nada. Neste momento o que mais gostaria que acontecesse é que o pessoal da alta cúpula do SBT lesse  minhas colunas para eles terem a idéia do quanto que nós estamos irritados com a emissora.
    Bem, tá certo que o SBT é o canal que nos deu a honra e a oportunidade de vermos a melhor série do mundo por ininterruptos (por enquanto) 31 anos que  completados em  agosto, mas não precisavam extrapolar como estão extrapolando hoje. Até podemos entender que Chaves está há 31 anos no ar com os mesmos episódios, mas o fato é que, se a geração da década de 80 acompanhou a série e hoje, já adultos e com filhos, não dão mais tanta bola, a nova geração (a criançada de hoje) acompanha a série como se ela estivesse estreando na TV. Sem contar que, até hoje, Chaves é um programa que agrada a gente das mais variadas idades. Até hoje, Chaves é uma série comentada, pois qualquer hora vocês escutarão os jovens, que nasceram quando Chaves estreou no SBT e que cresceram com ele, comentando os episódios e, principalmente, recitando as principais piadas. Até hoje, o povo imita o saudosíssimo Chapolin Colorado, saindo para as ruas com a camisa vermelha com o coraçãozinho amarelo escrito CH que até hoje é bastante vendida nas lojinhas e camelôs, camisa que é usada em muitas formaturas de colégio.
    Inclusive há uns meses, meu professor de química lembrou do Chapolin dizendo uma das mais conhecidas frases da série: "Não são pedras, são aerolitos". Todos caíram na gargalhada. Em seguida, ele lembrou o episódio da Branca de Neve cantando Churi Churi Fun Flays imitando os movimentos das mãos do Dunga (Chespirito) feitos no clipe da música. Novas gargalhadas. Sem contar que, ano passado, num programa de TV local, vi jovens numa boate recitando em coro, diante das câmeras, o poema "O Cão Arrependido". Não imaginam a satisfação que me dá em ouvir na rua ou na TV comentários sobre estas que são minhas duas séries preferidas, principalmente sobre Chapolin, que virou um ioiô, entra e sai do ar (ficando muito mais tempo fora do ar, obviamente).
  
    Pra concluir, eis uma carta que mandei ao SBT com o título: pra quê fazer isso com os chavesmaníacos? O fato de vocês terem tirado do ar o inigualável Chapolin Colorado só fizeram vocês ganharem uma grande porcentagem de rejeição, coisa que vocês não tinham tanto. Se vocês pensarem na hipótese de tirar o Chaves, vai ser pior: vocês perderão todos seus fiéis telespectadores, já que Chaves é o símbolo do SBT. E um símbolo não deve ser tratado assim. É como se a prefeitura do Rio pintasse o Cristo Redentor de outra cor. Por isso, se alguém do SBT lê minha coluna semanalmente, só digo que fazendo essas coisas, tirando Chapolin do ar, cortando e cancelando episódios do Chaves, exibindo Chaves num horário péssimo, não estarão ganhando nada, muito pelo contrário, só perdendo. Vocês estão perdendo o respeito e a fidelidade não só dos chavesmaníacos como também do público em geral, que não suportam mais as bobagens que vocês fazem, como deixar fora do ar séries sensacionais já exibidas por vocês que estão em algum balcão empoeirado da emissora para manter um  novelas e seriados insuportáveis, chatos e repetitivos  [E as Aventuras de Marte, com o amado Chapolin, quando voltarão a exibir?). Se bem que pra vocês pouco importam os nossos gostos, nossas opiniões. Pra vocês o que é importante mesmo é o cheiro da grana. O dinheiro tomou conta mesmo. Não se fazem mais coisas por prazer, só por dinheiro. Por isso que vocês estão pouco se lixando com nós, telespectadores, os verdadeiros responsáveis pelo sustento desta emissora, aqueles que pagam seus salários com o mundo de impostos que pagamos. Vocês tinham que nos respeitar, fazer jus, não ameaçar com processos um fã de Chapolin que estava apenas pedindo a volta de sua série preferida, como aconteceu em 2001. Pensem e reflitam sobre este assunto. Pra vocês se conscientizarem como estamos cada dia mais decepcionados com vocês. Respeitem o mito Chapolin, que  completou 31 anos de Brasil  agosto. Volta  Chapolin!!!!!.
VOU CHORAR! DESCULPE, MAS EU VOU CHORAR (DE RIR)!
    Quem de vocês já não chorou alguma vez na vida? Pergunta com resposta mais do que óbvia, né? Ninguém, pois todos já desabafaram suas tristezas alguma vez na vida. Mas como representar o choro? As histórias em quadrinhos representam com o clássico "Buááááá" e o "Snif" na hora do soluço do choro.
    Mas, e no caso dos nossos amiguinhos mexicanos? 
Alguém já viu um choro mais original e gozado do que de Chaves, Chiquinha e Quico? Difícil pergunta (uma resposta boa seria o choro do saudoso Galeão Cumbica), pois um dos momentos mais engraçados dos episódios do Chaves é a hora da choradeira, sem dúvida. Quando nós vemos os três chorando, devemos imaginar o seguinte: já pensou se alguém chorasse assim? Na certa iria ser tachado de louco, ou simplesmente evidenciado como mais um dos tantos fã-náticos por Chaves espalhados pelo mundo inteiro.   Chespirito foi bem criativo na hora de criar os choros de seus personagens. A origem do pipipipi do Chaves vem de um dos seus filhos, que chorava assim quando criança. Mas nos episódios antigos, o choro era normal, o pipipipi só iria aparecer nos episódios seguintes. Na maioria das vezes, o choro do Chaves acontece após ele levar um cascudo do Seu Madruga, que irritado com o choro do moleque, o imita de uma maneira tão cômica que ninguém segura as risadas. Se o pipipi do Chaves na dublagem do saudoso Marcelo Gastaldi era pausado e suave, no original Chespirito fazia um pipipi super rápido(devia falar uns 10 pis por segundo), e por isso que o Seu Madruga se irritava tanto. Se o choro original fosse o da dublagem brasileira, acho que o Madruguinha até lamentaria um pouco ao invés de fazer tantas caretas gozadas para imitá-lo e depois finalizar a cena com chave de ouro com o seu "Só não te dou outra porque. Para Chiquinha, somente os idiotas choram do jeito que Chaves chora, como ela diz no episódio em que as crianças tentam sujar o terno do Quico.    Falando na Chiquinha, talvez seu choro seja o mais lembrado e o mais imitado pelo público, até porque ela é, disparada, a que mais chora na série, em praticamente todos os episódios e toda a hora, já que ninguém pode lhe aprontar uma que ela já apronta o maior berreiro. Seu uéééh, uéééh, uéééh, até hoje está na boca do povo, muitos cismam em chorar fazendo esse berreiro todo, com o tradicional movimento dos braços. A própria Chiquinha define seu choro como um relincho. O choro da Chiquinha já nos proporcionou cenas antológicas, como a série de sustos que ela dá em todos no começo do episódio das Carambolas, onde Seu Madruga tenta perguntar por que ela está chorando e ela, quando vai responder, acaba chorando de um modo tão engraçado que chega até a assustar (experimente ver o episódio e confira se você não se assustará também com a gritaria dela). Mas uma das cenas mais inesquecíveis de todos é a do final do episódio do Último Exame, um dos momentos mais hilariantes da história da televisão na minha opinião, quando Professor Girafales pergunta para Chiquinha e ela chora, conseguindo escapar da pergunta. Quando ele chama o Nhonho, para fugir da pergunta ele imita o choro dela, causando risadas de verdade no Rubén Aguirre em plena cena e em nós também. E para completar o show, quando ele diz: "Vamos ver quem quer responder a esta pergunta", todos os alunos se levantam de suas carteiras e começam a chorar igual à Chiquinha. Quem é que já não riu desta cena? Todo mundo, né? Principalmente pra quem reparou o Godinez no fundão todo atrapalhado na hora do movimento dos braços. Ele faz uma pose para as câmeras enquanto que ele fica indeciso se abre ou fecha os braços. Por essa e outras que o Godinez, mesmo não aparecendo muito nos episódios, é um dos mais queridos pelos chavesmaníacos.
    E o Quico, com o seu "Arrrrrrrrrrrrr"? É o choro mais difícil de imitar, já que tem que ter habilidade no gogó para conseguir fazer o som dos erres. É outro que chora por qualquer coisa. O seu cantinho, a parede em frente à escadaria da vila, é a marca registrada do seu choro. Ele encosta o braço direito na parede, olha pra trás e solta o choro. E na maioria das vezes, quem paga o pato e o Madruguinha, que sempre é acusado por Dona Florinda de ter feito seu filho chorar. Nos episódios mais antigos, Quico não ia tanto para a parede chorar, ele colocava o dedo no olho e chorava no lugar onde estava. Depois que ele passou a ir sempre chorar na parede. O choro dele já rendeu momentos gozados, como no episódio das Lições de Boxe, onde Quico tenta dizer pra sua mãe que Chaves lhe bateu e ela, empolgada por estar com o Professor Girafales, lhe dá umas moedas. Quico chora e na hora de contar as moedas ele vê que não dá pra comprar nada e chora mais ainda (57, 58, 59 dá pra comprArrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...). Ou na Nova Vizinha, quando todos perguntam a ele se está chorando e ele responde com grosseria: "Não, tô segurando a parede!". Bem feito que Dona Florinda depois pergunta para ele: "Que foi, tesouro! Está segurando a parede?". Aí ele: "Não, tô seguraann... Arrrrrrrrrrr...".
    Em dois momentos na série os três choram juntos ao mesmo tempo, após apanharem do Seu Madruga: no fim do episódio Seu Madruga Carpinteiro e no segundo episódio da Nova Vizinha. Garantia de boas gargalhadas.Mas também os outros personagens não ficam atrás. Seu Madruga também tem seu choro característico, o "Íiiiiiiinnnnn", quando ele bota a mão no olho e faz aquela cara de choro gozada. Dona Florinda geralmente chora na parede do Quico. O choro dela é normal, porém no fim do episódio em que tentam sujar o terno do Quico, quando ela desafoga as mágoas, entra o som do "Arrrrrr" do Quico, dublado por Nélson Machado, rendendo um frutífero momento de humor (não sei se no original é assim, na voz de Carlos Villagrán). Aliás, o choro de Dona Florinda por várias vezes encerra outros episódios, como na Falta D’água 2ª versão e na terceira parte da Nova Vizinha. No clássico episódio da Choradeira, entra em cena uma série de antíteses: enquanto que todos choram, todo mundo, do outro lado da tela, cai na gargalhada. O momento mais gozado, sem sombra de dúvida, é quando Chaves, Quico, Seu Madruga e Professor Girafales choram juntos na casa do pai da Chiquinha, o que prova que a choradeira dos personagens é um momento que cativa a todos pela originalidade e pelo grande desempenho dos atores (como se isso fosse alguma novidade), já que o momento do choro, quase sempre o momento mais deprimente das demais séries e de novelas, em "Chaves" é uma das mais cômicas partes de todas. Só mesmo a melhor série da história consegue isso.   E olha que uma das mais lembradas piadas de todas é referida a choro e tristeza e está presente em inúmeros episódios. Aposto que alguns já adivinharam qual é. Para aquele que não se lembra lá vai:   -"Qual o fundamento do seu pranto?";
    -"O quê?";
    - "O fundamento do pranto! Não sabe o que é pranto?";
    -"É o marido da pranta?".

   Hehehe, aposto que você, caro chavesmaníaco, deve estar só rindo. E pra vocês verem, por ironia do destino, uma coluna que fala de choro e pranto fazendo o povo rir. Coisa que só o nosso espetacular Chespirito consegue nos dias de hoje, já que o SaBoTagem deixa claro a cada dia a intenção de enterrar uma das poucas produções que vale a pena tirar proveito, como Chaves, pra colocar no ar um monte de bobagens que estão sempre presentes na TV Brasileira hoje em dia. 
Mas tenha pulso forte, afinal, em vários episódios Seu Madruga e Chaves falam: "Os homens não choram!". E como nós, chavesmaníacos, temos garra para conseguir o que queremos, vamos pra cima como homens. Após o horário político, vamos exigir a volta do Chapolin e fazer os inimigos de Chespirito espalhados pelo próprio SBT chorarem de verdade. Vamos lá.