CÓMICOS Y CANCIONES[1955-1967]
Em 1955,
Roberto Gómez Bolaños estava agradando a agência de publicidade D’Arcy, em
ótimos cartazes e vinhetas que criava. Foi então que seu chefe o chama para
escrever roteiros de um programa humorístico de rádio de 15 minutos transmitido
pela rádio XEW, protagonizado pela dupla Viruta e Capulina, respectivamente, os
comediantes Marco Antonio Campos e Gaspar Henaine que se juntaram entre 1951 e
1952.
Roberto,
que achou inclusive que Viruta e Capulina fossem mulheres, aceitou escrever
para o programa de rádio. Os seus roteiros e a atuação brilhante da dupla logo
se tornou um sucesso, e o programa passava a ter uma hora de duração.
Em junho
de 1956, a agência de publicidade D’Arcy transforma o programa de rádio em um
programa de televisão ao vivo exibido pelo canal 2, o Telesistema Mexicano,
todas às quintas feiras à partir das 20 horas da noite patrocinado pelos
”Chiclets Adams”.
Nascia então o programa ”Cómicos y Canciones” (traduzido, seria algo como ”Cômicos e
Canções”), protagonizado por Viruta e Capulina, escrito por Roberto e realizado
por Mario de la Piedra e Guilherme Núñez de Cáceres. O programa se consistia
além de esquetes humorísticos, números musicais com a orquestra de Gustavo
Pimentel, Las Hermanas Navarros, Leonorilda Ochoa, entre outros. O programa
logo se torna um sucesso absoluto de audiência.
Certo
dia, faltou um ator para uma cena, e sem ninguém para interpretar foi Roberto
que o substituiu já que conhecia bem o roteiro pois foi ele mesmo quem
escreveu. A atuação de Roberto acabou agradando muito a todos, se descobrindo
como ator finalmente. Ele então começou a fazer diversos papéis secundários, se
destacando mais que os próprios Viruta e Capulina, pelos excelentes tombos,
reflexos e ações cômicas que fazia.
na foto: chespirito atuando em dos inúmeros esquetes do programa.
Agustín P. Delgado adorou o roteiro de Chespirito, e disse que ele era um Shakespeare, porém um Shakespeare pequeno (em brincadeira com sua baixa estatura, de apenas 1,60).
Desde então a dupla Viruta e Capulina passavam então a
protagonizar diversos filmes, a maioria escrito, co-escrito ou com o script
feito por Chespirito, sendo que ele também fazia algumas pontas nos filmes. São
eles ”Angelitos del trapecio” (1959), ”Los
tigres del desierto” (1960), ”Dos criados malcriados” (1960), ”El dolor de pagar la renta” (1960), ”Los desenfreados” (1960),”Limonsero y con garrote” (1961), ”Pegando
con tubo” (1961), ”Dos
tontos y un loco” (1961)
– com Manuel ”El Loco” Valdés, ”En peligro de muerte” (1962) – Onde atua o nosso futuro Seu
Madruga, Ramón Gómes Valdéz Castillo, ”Los invisibles” (1963) – Filme onde aparece pela
primeira vez o personagem ”El Chompiras” (Chompiras), ”Los astronautas” (1964), ”Los
reyes del volante” (1965)
e ”El camino de los espantos” (1967).
”Cómicos y Canciones” estava cada vez mais um sucesso, disputando
a audiência com o programa ”El
Estúdio de Pedro Vargas”, do mesmo canal que era exibido toda sexta
feira à partir das 21 e meia da noite. O programa era produzido também por
Mario de la Piedra e Guilherme Núñez de Cáceres e escrito também por Chespirito
na época, que substituiu seu amigo Juan Lozano, que escrevia o programa desde
sua estréia em 1955.
Mas o fim de ”Cómicos y Canciones’‘
se aproximava. Viruta e Capulina estavam incomodados com as participações de
Chespirito no programa, que estava fazendo mais sucesso que eles mesmos.
Chespirito acaba brigando então com Viruta e Capulina, o que culmina no fim do
programa em janeiro de 1967, após 10 anos e meio de exibição.
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