sábado, 31 de outubro de 2015

Sônia Abrão: uma amiga dos chavesmaníacos
  
 ao invés de falar especificamente sobre um assunto qualquer do meio CH (como a estúpida e pouco inteligente saída do seriado Chapolin da programação do SBT], vou falar sobre um outro tema que, embora aparentemente não tenha nada a ver com Chespirito, e se tornou muito importante para a divulgação das nossas queridas séries. Quero reparar uma injustiça que acredito que foi  cometida contra uma pessoa que tinha a intenção de nos ajudar.


 
Estou falando da jornalista e apresentadora Sônia Abrão, a qual sempre admirei muito. Muitos chmaníacos têm calafrios ao ouvirem esse nome, por acharem que o programa de Sônia representa uma ameaça aos programas CH. Alegam que o programa Falando Francamente ocupava um espaço maior do que merecia na grade de programação do SBT, inclusive aos sábados, o que  prejudicaria uma eventual presença de seriados como Chapolin e Clube do Chaves, que estão[até hoje] na "geladeira" da emissora paulista. Além disso, várias pessoas destacam a falta de conteúdo do seu extinto programa no sbt, que destinava parte de seu espaço à leitura das revistas da semana.
  
Sônia Abrão, apresentadora  é chavesmaníaca como nós.
Quero dizer que já fui um crítico  do Falando Francamente. Quando o programa começou, em 2002, ocupava um espaço demasiado na programação. No entanto, isso foi corrigido aos poucos, até chegar a 75 minutos, uma duração aceitável. No início, o programa era virado apenas nas manjadas reportagens e entrevistas com celebridades nacionais, merchandising (o que ainda é um problema  em todos os programas do gênero), leitura de revistas e, pouco depois, na tal da caixa-surpresa.  A única parte que eu conseguia assistir era o início, quando Sônia "soltava o verbo" na primeira página. O programa era mais interessante pelo carisma e a coragem da apresentadora em dizer o que pensa do que pelo conteúdo em si.
  
No entanto, em meados de 2003, o Falando Francamente mudou. O programa se tornou uma espécie de Vídeo Show para o SBT, exibindo trechos de programas antigos da emissora paulista. Quem imaginou rever cenas de programas como A Casa da Angélica, Bozo, Fantasia, Programa Livre, Jô Onze e Meia, novelas antigas, desenhos há muito fora do ar, entre várias outras coisas. Esse trabalho de revirar os arquivos da emissora para mostrar ao público essas preciosidades é simplesmente fantástico, e alterou radicalmente o programa, o que refletiu inclusive em alguma melhora nos índices de audiência. Eu, que não assistia ao programa, passei a vê-lo praticamente na íntegra, na espera de rever alguma cena histórica do SBT. As leituras de revistas continuam, mas apenas se detém em capas, trechos ou matérias específicas, e não mais na leitura de quase toda a revista.
  
Falando da relação Sônia Abrão + Chespirito, ela era uma das profissionais mais ligadas ao seriado que se tem notícia. Como ela disse em uma entrevista, ela é chmaníaca como todos nós. Isso se refletia no programa dela, que dedicava tempos preciosos para falar sobre o assunto. Se não fosse ela (e os vendedores de episódios perdidos), jamais voltaríamos a ver preciosidades como O Fantasma do Sr. Barriga, Chifrinhos de Nozes, Caçando Churruminos, Espíritos Zombeteiros e A Pichorra, além de conhecermos episódios que a grande maioria de nós nunca viu, como As Apostas e Brincando de Escolinha.
Maria Antonieta de las Nieves, a Chiquinha, foi entrevistada a pedido de Sônia. 
 
Se não fosse ela, duvido que alguém do Brasil fosse ao México entrevistar Chespirito (ainda na época da Rede TV em 2001!, o que valoriza ainda mais a Sônia, visto que não se trata da emissora com os direitos de exibição dos programas), Maria Antonieta de las Nieves e Edgar Vivar. Se não fosse pelos trechos de episódios comuns e principalmente de perdidos veiculados no programa dela, ficaríamos algum tempo sem assistir ao Chaves, que ficou fora do ar por duas semanas em 2003 e tornou-se apenas semanal.
  
EPISÓDIOS  COMO ESSE DA ESTRÉIA DA PERSONAGEM MALU,
PUDERAM SER VISTOS GRAÇAS À SÔNIA ABRÃO
  
Por tudo isso, sou incapaz, como chavesmaníaco há  anos, de criticar Sônia Abrão. É claro que ela falava bastante sobre o seriado também porque dá audiência. Mas bastava ver o falando francamente  pra perceber que Sônia gosta do tema, que tinha prazer de falar sobre isso. A prova disso foi a volta do Chaves durante os sábados, quando ela foi a responsável pelo anúncio da volta do programa. Percebia-se claramente a satisfação da apresentadora em dar essa notícia. Por isso, amigos, peço que pensem duas vezes antes de ofender Sônia Abrão com termos chulos  como já vi por aí. Afinal, ela é uma de nós.
 

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