UMA VEZ POR ANO? SACO...
Como todos sabem, o SBT possui inúmeros episódios de Chaves, sendo que alguns deles não são exibidos há tempos. Uma outra parte, muito menor do que a referente aos episódios perdidos, se refere a episódios que celebram datas comemorativas, como o Reveillon, Natal, Dia das Crianças, etc. Porém, como se tratam de episódios com humor impecável, semelhante aos demais episódios, é uma pena que eles sejam exibidos apenas uma vez por ano, principalmente aqueles que viraram anuais de uma hora para outra, por bisonhos detalhes que serão esclarecidos.
O ano termina e começa com os episódios de Reveillon, tema do qual o SBT possui dois episódios: um onde a festa ocorre na casa do Seu Madruga e outro praticamente musical. É de admirar que o SBT não cancele um desses dois, pois em muitos momentos, nos dois episódios, as piadas se repetem exatamente com as mesmas palavras (Chespirito deve ter tido tanta pressa em comemorar o ano novo que simplesmente deve ter pego o script de um episódio antigo e repassado aos atores). Mas o canal mantém os dois episódios no ar pelo fato de um contar uma história e outro ser quase que totalmente musical, com pouca novidade no restante do episódio (exceção da primeira parte, onde as crianças fazem a maior confusão ao mexer nos brinquedos do Quico espalhados pelo pátio). Sem contar que nos dois episódios a cena onde Chaves está sentado na escada com Seu Madruga com as mãos no bolso de tanto frio conversando com ele ser super repetitiva, pois ela reaparece no episódio dos Dias das Crianças, com Dona Florinda.
O episódio do Dia dos Namorados trata-se da continuação daquele do Dia de São Valentim(ora, então por quê não deixam este episódio anual também?). É um bom episódio, mas em alguns anos o SBT teve a cara de pau de cortar o clipe da música “Isso, Isso é o Amor”, que é exibido no final do episódio. Os sem-vergonhas simplesmente encerram o episódio assim que ocorre o comovente abraço entre Chaves e Chiquinha, cena em que em seguida entra o clipe, mas até isso cortam sem dar explicação e muito menos consideração a nós, chavesmaníacos fiéis. Pô, até num episódio anual acontece isso?
No do Dia das Crianças, a seqüência de absurdos começa a dar início, pois pra começar, o tal dia é pouco mencionado (apenas no início do episódio). Aliás, até duvido que tenha no script original algo sobre o Dia das Crianças, pois pra se ter uma idéia, na música “É Aqui”, a letra original sequer menciona o Dia das Crianças e seu título em espanhol é “Cri-Cri”, referência a um grilo cantor. O verso “O Dia das Crianças é aqui” é tradução brasileira, aposto que a pedido do SBT (lembrando aquele outro verso: “Sonhei que o SBT tinha feito uma parada”, é certo que, se por acaso outra emissora na tv aberta comprar os direitos do Chaves, essa música jamais será exibida). E em 2000, a música foi bastante cortada, não exibindo a parte em que aparece a Dona Neves com o Chaves (parte que foi exibida em 2001).
O ápice do absurdo chega nos três episódios que deixei por último. Começando pelo Natal na Casa do Seu Barriga. Vocês não notaram que, ao longo dos quatro episódios da série, eles falam pouquíssimo sobre o Natal (apenas no terceiro episódio, nas cenas da carta da Chiquinha, na ceia e na musiquinha “Queria Ter Sido um Pastor”)? E por esses míseros detalhes, deixaram o episódio anual.
Os dois últimos eram episódios exibidos normalmente, que de uma hora para outra viraram anuais. Inicialmente, quando passava os quatro episódios da série “A Nova Vizinha”, o primeiro episódio da série exibido era o que hoje é conhecido como “O Dia Internacional da Mulher”, com as atrizes Olívia Leiva (Glória) e Rosita Buchó (Paty), na versão de 1975. Nos dias seguintes eram exibidos os três últimos episódios da versão de 1978 com Regina Torné como Glória e Ana Lílian de La Macorra como Paty. E como, de uma hora para outra, o canal passou a exibir a versão de 1978, a primeira parte onde aparece Regina (versão mais recente), já a primeira parte da segunda versão[com olivia leiva] foi cancelada por um tempo e, se não estou enganado, voltou a ser exibida em 2001, sempre no dia 8 de março, como episódio anual, só porque no primeiro bloco, eles fazem rápidas referências ao dia Internacional da Mulher. Vê se eu posso, por quê não botam o divertidíssimo episódio para ser exibido normalmente como era antes?
E chegamos ao ápice. Não se lembram do episódio intitulado Independência do “Brasil”?. Isso mesmo, Brasil entre aspas. Trata-se do melhor episódio já feito por Chespirito. Até 1999 ele era exibido normalmente como todos os outros. Mas a partir de 7 de setembro de 1999, os Idiotas transformaram este magnífico episódio em anual só porque eles falam em Independência! Nunca ouvi falar que Dom Pedro II carregou uma pedra pelas costas e “andarilhou” até a porta. Tampouco que na festa de Independência do Brasil há aquelas cornetas, confetes, serpentinas, apitos, tambores, etc. Que eu saiba, a festa de Independência aqui mais se faz referências aos desfiles militares por todos os cantos do país. Mas aquela algazarra mexicana, aqui? E ainda me põem esse cômico episódio para ser exibido apenas uma vez por ano só porque a dublagem conseguiu “transformar” a Independência do México na do Brasil. Só faltou dizer que a pichorra é tradição aqui no Brasil também. E ainda prejudica o segundo episódio, “A Proposta”, onde o SBT ofusca uma das partes mais hilariantes da história da TV mundial, que são as crianças tocando e importunando Seu Madruga e Bruxa do 71, que naquele momento tentava dizer ao chimpanzé raivoso que encontrou a solução para se livrar das crianças e de Dona Florinda (casando-se com ela)[até que desde 2010 está parte vem sendo exibida completa]. Detalhe: neste segundo episódio, em nenhum momento tocam na Independência do MÉXICO (Brasil é para a dublagem).
A respeito do episódio da Independência, vocês poderiam preparar seus e-mails para pedir que ele voltasse a ser exibido normalmente, como antes. Como não esquecer de partes tão cômicas, tão engraçadas contidas neste episódio? Ainda bem que eu tenho gravado. E enquanto que esta maravilha está escondida em algum armário cheio de teias de aranha lá no complexo Anhangüera, as repetições vêm sendo cada vez mais constantes, ainda mais que vários episódios do Chaves ainda não foram exibidos. Então, bem que eles poderiam colocar estes episódios anuais para serem exibidos freqüentemente, e claro, não podemos acabar a nossa briga pela volta dos episódios perdidos inéditos. As desculpas que o SBT inventa para fazer os episódios serem exibidos apenas uma vez por ano já são tudo conversa pra boi dormir. É de admirar que eles não tenham feito do Cofrinho do Seu Madruga um episódio para ser exibido apenas nos dias 6 de janeiro devido às referências do Chaves ao Dia de Reis. A LUTA CONTRA AS BOBAGENS DO SBT CONTINUA, COMPANHEIROS!
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