O CHAPOLIN COLORADO

Espere que eu ainda não me arrumei!
Antes iremos para um breve desabafo:
Chapolin, cadê você?

Não teria sido melhor colocar na geladeira o Batman? O Super-Homem?
Mas não, o SaBoTagem preferiu o Chapolin fora da grade! No último dia de fevereiro, chapolin saiu do ar mais uma vez da grade de programação. Levando em conta que não só no Brasil, mas em outros países o Vermelhinho está caindo no esquecimento.
Mas não vim para falar dos maus tratos do Chapolin, por parte do SBT, mas sim do seriado em si!
Antes de mais nada, procurarei ser breve no tema, pois não quero cansar o leitor.
O seriado Chapolin, como nós sabemos, é um seriado totalmente diferente do seriado Chaves.
Um exemplo que dou é de que, no Chaves, quase todos os personagens estão presentes na série: Chaves, Quico, Chiquinha, Seu Madruga, Dona Florinda, Senhor Barriga, Bruxa do 71 e Professor Girafales.
Enquanto no Chapolin, somente esse está presente. Todos os outros personagens mudam, enquanto no Chaves isso é raro.
No Chaves eu só vi até três personagens feitos pelo mesmo ator que foi Ricardo de Pascual, que interpretou o Seu Furtado, o Seu Calvillo e o Garçom.
No Chapolin, Ramón Valdez, por exemplo, interpretou: Pirata Alma Negra, Tripa Seca, Racha Cuca, Pistoleiro Veloz, Cientista Louco, Rasga Bucho, Mão Negra, Ladrão de Brinquedos, Gerente do Hotel, Motorista de Táxi, Personagens das histórias do Chapolin, Apresentador das pulgas amestradas, Motorista da Caminhonete, dono dos duendes, dono de uma NASA, Cleptomaníaco, Super Sam, Empregado de hotel, Contador de histórias, o Rei do disfarce (é que a voz sempre era a do Madruga, na dublagem), Yamasaki, O detento do episódio do capataz, mineiro do aerolito e muitos outros personagens.
Essa é uma das características de Chapolin para Chaves: os diversos personagens, já que, no Chaves, todos os personagens são fixos.
Também uma outra característica que diferencia o Chapolin de Chaves é que o seriado não foi feito para o público infantil, claro que também não tem piada de duplo sentido e nem partem para a baixaria, mas a ação do episódio mostra que é aberto para o público adulto. Trata-se dos tiros de revólver dentro dos episódios: o banqueiro do episódio do Racha Cuca até morre no final; a morte do Chinesinho, em "os ladrões no hospital do Dr. Chapatin", e a morte do mordomo da mansão, em "a história de Frederic Chopin"; Chapolin quase ter beijado Ramón Valdez por engano, em "Chapolin em Acapulco" (ainda bem que ficou no quase); Chapolin cair em um elevador quebrado; Ramón Valdez mostrar um gato morto (Frederico) para todo mundo (na versão do Clube do Chaves, o gato não é morto), e as conquistas freqüentes que o personagem principal busca.
Enfim, são essas características que mostram que os seriados do Chapolin são mais para o público adulto. Mesmo assim, nem foi preciso colocar palavrão nos episódios.
O que também diferencia o Chapolin de Chaves são os cenários. Pois, no Chaves (pelo menos no Brasil), só tivemos o cenário da vila e suas respectivas casas, o outro pátio, a rua, a escola, o restaurante, o parquinho, a pracinha, a casa da bruxa, e a casa do Sr. Barriga.
E no Chapolin temos: a casa do homem que perdeu o bilhete de loteria, o planeta Vênus, NASA, fronteira, a casa do gigante, a casa mal assombrada, a casa do Abominável Homem das Neves, a casa do Lobisomem, o laboratório, a vila onde teve luta de boxe para ganhar fundos (que é a vila do Chaves), o cenário do homem mordido por um cão raivoso (outro pátio / o Chafariz já disse tudo, mas foi a alcova e as sacadas que confirmaram isso), o velho oeste, a delegacia do preso 24 e do capataz, o hotel tão limpo que limpam até o dinheiro da gente, hospedaria sem estrelas; e muitos outros que não cabem.
Pois bem, até aí, minha mãe me disse, apesar de não curtir as séries Chespirito, que ela acha melhor Chapolin porque é cada dia uma situação diferente, um cenário diferente, e personagens diferentes. Ela acha Chaves uma coisa tão monótona. O que não deixa de ser verdade.
Somente no Chapolin existem as cenas exageradas, como abrir a torneira de vinho e sair na outra torneira; tirar a janela da parede; sair água do chuveirinho, em o vazamento de gás, sem a borrachinha está ligada; jogar clorofórmio na privada e a tábua fechar os olhos; o robô passar o inventor e ele ficar lisinho; o Chapolin passar os sapatos; a lâmpada só apagar quando o Chapolin soprar; corneta e buzina paralisadora; pastilhas de polegarina; pulseira magnética e etc.
No Chaves não tem? Tem! Mas é muito raro acontecer. Mas temos Seu Madruga todo esmagado, Sr. Barriga com um galo na cabeça, a cafeteira espremida com os roletes, o Nhonho estourando feito um balão de ar... Só apareceu Chaves pequenininho após tomar uma pastilha de polegarina, porque estava dentro do episódio do Chapolin. Não conta como episódio do Chaves.
Essa foi a primeira parte: comparar o seriado Chapolin com o seriado Chaves. Vamos à segunda parte agora, que é falar um pouco do super-herói:
É um super-herói mais ágil que uma tartaruga, mais forte que um rato, mais inteligente que um asno, e mais bonito que o Pedro de Lara.
Usa duas anteninhas de vinil para ser guiado ao pedirem ajuda ou para identificar um perigo próximo.
O seu símbolo é um coração (CH). Se oficializasse “Polegar Vermelho” como o nome do super-herói aqui no Brasil, o telespectador, leigo, pensaria que o CH fosse de Chaves.
Ele não voa e é medroso, como cada um de nós. Pois de alguma coisa nós temos medo, e ele tenta vencer esse medo.
Ele é super atrapalhado, mas resolve 90% dos problemas. Porém, cria outros 50%.
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