sexta-feira, 6 de novembro de 2015

As tias e os tios das séries CH
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ImagemPode passar despercebido por muitos, mas as tias e os tios sempre tiveram relativo destaque nas séries CH. Em muitos episódios do Chapolin temos algum tio como personagem principal. Isso é notado em “As piadas do tio Ramón” (1973), “O robô que pirou” (1979), “A herança” (1977), enfim… A utilização dos mesmos nos episódios do Polegar pode ser visto como algo alternativo, ou seja, não ficar dando voltas somente em histórias que envolvem pais e filhos. Em Chaves, isso pode ser encarado de modo diferente, mas também são soluções para alguns roteiros de Chespirito. Portanto, listo aqui as principais aparições e menções de alguns tios e tias das séries CH.

Dona Neves: Deixemos de lado as coincidências. Essa certamente é a Dona Neves que todos conhecemos, aquela que é sempre “descontada” nas falas da Dona Florinda. Além de bisavó da Chiquinha e avó do Seu Madruga, essa simpática senhorinha é, também, tia de um cara nada simpático, chamado por muitos de “Sobrinho Mau-Caráter”. Como pode ser conferido no episódio “O rei do disfarce”, temporada de 1978 do Chapolin, Dona Neves tem uma quantia expressiva de dinheiro, o que acaba atiçando a ambição de seu sobrinho. Com más intenções, ele acaba se envolvendo com o perigoso Almôndega… É, gente que nasce ruim, morre ruim. Mas o destaque mesmo fica por conta das situações que envolvem essa velhinha, que certamente é a “Tia CH” mais engraçada.

Frederico Matalascayando : Falecido esposo de Dona Florinda e pai de Quico, Frederico entra na lista dos tios que “não andava morto, só andava falecido”. A sua sobrinha mais conhecida é a Pópis, onde a mãe da garota certamente é a irmã da velha coroca, e não de Frederico, já que ambas personagens de Meza possuem “cara de vela derretida”. O lado da família do ex-marinheiro pouco se sabe, mas provavelmente Quico não herdou toda sua burrice somente de seu pai, nisso entra a genética, a influência, enfim… Mesmo tendo uma curta aparição no episódio “Recordações – Parte 2”, temporada de 1977 do Chaves, é um “Tio CH” bastante lembrado pelos CHmaníacos.

Chompiras: Sim, ele também é um “Tio CH”. O ladrão mais famoso da televisão possui um sobrinho que também adora mexer com dinheiro, mas, CALMA, tudo não passa de brincadeira. Como visto no esquete de 1973, “Ladrão que rouba ladrão”, é só mais uma criança que gosta de brincar de Banco Imobiliário, Monopoly, enfim, jogos de ações, ou seja, dinheiro que circula de modo limpo, não como o oposto que o seu tio tenta fazer. Certamente é o “Tio CH” mais influente, talvez para um lado negativo junto com o seu amigo Peterete… É, que a cabeça de seu sobrinho esteja no lugar certo para um bom futuro, em um embate entre “Ladrões X Ações”.

Uma parte especial para essas três: tratam-se de Dona Florinda, Glória e Dona Clotilde, respectivamente tias de Pópis, Paty, Paty, Paty, Paty (e olha que eu pensei em dividir o segundo quadro para colocar mais três Glórias…) e uma neném muito sortuda que atuou com os mestres do humor na saga “A sobrinha da Dona Clotilde”, temporada de 1978 do Chaves. Não vou me alongar mais porque todo mundo já sabe sobre essas três “Tias CH”. É mais para elas não ficarem de fora mesmo, isso entre tantos outros tios que passam despercebidos, sendo essa a verdadeira função dessa edição.

Tio Jacinto: Olha o Jacintão aí! Sujeito que já morreu duas vezes, digo… Dos tios que nunca deram as caras, esse é o mais conhecido, sem dúvida nenhuma. Um tanto desproporcional com a “família Ramón”, pois temos os “magros” Seu Madruga, Chiquinha, Dona Neves, Seu Madroga, e da até para colocar a Malicha… Ou o cara era imenso, ou o seu sobrinho que é fino mesmo, mas deixemos a primeira opção. Para o Chaves e a Chiquinha caberem dentro de um terno… E, é claro, ele faz companhia com Frederico na lista já mencionada acima.

Tias de Presidente Prudente da Chiquinha: Essas também são bem lembradas pelos CHmaníacos, devido ao retorno de Maria Antonieta de las Nieves às séries CH. E, convenhamos, para que mais de uma tia não tenha dado conta da Chiquinha, um relato vindo dela mesma, como pode ser conferido no episódio “O belo adormecido”, temporada de 1975do Chaves, é porque essa menina é o próprio demônio mesmo, um pouco de razão para a Dona Florinda. Ao menos levaram um pouco de cultura para a sua sobrinha, como as danças indígenas mencionadas na carta de retorno à vila da baixinha com óculos.

Tio do Quico que foi atropelado: Bom, certamente não deve ser o pai da Pópis, né? No episódio “Mais vale uma noite bem dormida que uma boa bebida”, temporada de 1974 do Chaves, o bochechudo conta que um tio seu, após beber refrescos de rua e ter sido atropelado, matou um cachorro quando esse lambeu o sangue do ferido. Engraçado como deveria ter uma inversão de tios do Quico e da Pópis, e vocês verão o porquê. Mas o certo é que ambos “Tios CH” sabem colocar animais em situações desagradáveis.

Tio da Pópis que “fumou” um vaga-lume: Isso mesmo que vocês leram. Se não acreditem podem dar uma conferida no episódio “A escolinha do Professor Girafales”, temporada de 1978. É por aí que vocês entenderão o porquê que deveria ter uma inversão de tios do Quico e da Pópis. Para um cara confundir vaga-lume com um cigarro ele, no mínimo, gosta de se embriagar. Criança fazer o oposto tudo bem, mas isso é demais. Talvez possa ser também a sensação de querer “experimentar coisas novas”. Mas, no final das contas, a burrice é que deve prevalecer mesmo, coisa que o Quico conseguiu puxar muito bem.

Tio da Chiquinha que foi atropelado: Devido ao efeito “Chespirito adora fazer remakes”, eu tenho que colocar mais um “Tio CH” matador de cachorros. A história, por incrível que pareça, é a mesma do tio do Quico. Coincidências como essa só nos alerta de uma coisa: refrescos são as maiores causas de morte de cães.

Dá para concluir, pelo menos no Chaves, que em certos episódios só daria mesmo para encaixar algum tio de um personagem. Um exemplo são as tias da Chiquinha. Tirando o Seu Madruga, que possui pulso firme, é realmente necessário mais de uma pessoa para cuidar do “terror do cortiço”, nisso entra as suas pobres tias, que, naquela altura do campeonato, a Dona Neves certamente não iria conseguir criá-la por mais de um ano. A Chiquinha precisava ainda soltar todo o seu potencial naquela época, né?

Também podemos citar o tio da Pópis. Talvez Chespirito quisesse tirar um pouco a responsabilidade de pais com os filhos, fazendo com que as crianças sejam influenciadas por outros parentes. Cada um com a sua visão…

Bem, eu ainda reservei espaço para mais um “Tio CH”. Aparentemente ele não possui nenhum sobrinho, talvez por não querer perder tempo arranjando um (eita, ficou estranho isso), já que “Time is Money”. Não, não estou falando do “Tio Girafales”, e sim do Super Sam!

Ele realmente não se enquadra aqui, mas em virtude da brincadeira dos soldados americanos com a sigla U.S., o maior símbolo dos Estados Unidos acabou levando a fama do “tio” mais famoso do mundo, sendo a inspiração de Roberto Gómez Bolanõs para criar o incrível heróiSuper Sam, que dispensa comentários.

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