sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O gênio imitando outro gênio!




O gênio Charles Chaplin nasceu em 1889, mas despontou como o grande gênio do cinema (e do humor) em 1910, aos 21 anos. Como atesta Martin Sieff: “Chaplin não foi apenas ‘grande’, ele foi gigantesco…”. E é a mais pura verdade! Enquanto o mundo se dilacerava na 1ª guerra mundial, ele com seu dom da comédia trouxe alegria a muita gente sofrida! Por sua carreira de mais de 70 anos, ainda hoje é reconhecido por cineastas do mundo inteiro. O mais incrível de tudo é que em meio a tantas dificuldades, e num cinema ainda primitivo, Chaplin atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou seus próprios filmes.

Depois dessa rápida análise sobre a vida e a obra de Charles Chaplin, vamos discutir sobre a influência que nosso Chespirito sofreu desse grande gênio, e suas semelhanças (que não são poucas). Roberto Gómez Bolaños nasceu em 1929, e começou sua carreira como escritor e ator em 1950, com exatos 21 anos de idade. Incrivelmente, a mesma idade em que Chaplin despontou no cinema! Seu talento para escrever era tão grande que ele foi apelidado de Chespirito, pois o consideravam como um pequeno William Shakespeare. Assim como Chaplin, Chespirito logo ficou conhecido no mundo inteiro, por seus roteiros brilhantes e seus personagens marcantes. O mais legal é que assim como Charles Chaplin, Chespirito também teve uma carreira muito longa e de tremendo sucesso. Não obstante, nosso querido Chespirito também escrevia, dirigia, atuava, e ainda era o produtor musical do seu programa. Ele era o cara!

Sem dúvida, a obra de Chespirito sofreu grande influência de Charles Chaplin. Tanto é que na década de 1970 o próprio ator começou a interpretar aquele que tanto o inspirou. Em episódios do Chapolin, como por exemplo: o “Show deve continuar” e “Festa a Fantasia” isso é denotado. A jornalista Jéssica Alves, em seu blog, afirmou: “Uma lenda da comédia [Chespirito], que se inspirou em outro monstro na área, Charlie Chaplin”. A interpretação que Chespirito deu ao nosso querido “Carlitos” foi tão perfeita, que às vezes nos perguntamos se não era o próprio Chaplin quem atuava! Num cinema mudo e primitivo como era há cem anos, a arte do improviso era muito importante, e tanto Chaplin, quanto Chespirito eram excepcionais no que faziam.


            O estopim dessa interpretação com certeza se deu na década de 1980, quando Chespirito passou a interpretar nosso querido “Carlitos” esporadicamente, em um dos quadros do próprio programa Chespirito: Chaplin. São quadros curtos, mas que significam muito para aqueles que apreciam o nosso bom e velho cinema mudo!

É emocionante conhecer um pouco sobre a vida e a obra de tantos gênios que nos deram, e ainda nos dão alegria. Confesso a vocês que quando ouço Limelight (Luzes da Ribalta), música composta por Charles Chaplin para o filme de mesmo nome, sinto a mesma emoção de que quando escuto “Boa noite vizinhança” de Roberto Gómez Bolaños, composta em homenagem a Carlos Vilagrán. Com tudo isso, só chego a uma conclusão: O sucesso só corre atrás de quem o merece!

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